Prevíamos chuva forte, mas veio uma tempestade atrás da outra, diz Crivella
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), disse nesta quinta-feira (7) que a prefeitura já sabia que a cidade seria atingida por fortes tempestades no dia anterior. De acordo com ele, o Centro de Operações identificou chuvas "de moderadas a muito fortes" em vários bairros do município, mas a quantidade de água surpreendeu meteorologistas e especialistas da Defesa Civil. Ao menos cinco pessoas morreram.
"Nós previmos [chuvas] de moderada a muito forte, mas surpreendentemente, atrás de uma tempestade se formou outra que, por sua vez, ficou presa na Floresta da Tijuca [zona norte] e, com os ventos, desaguou na zona sul do Rio. Foi uma grande quantidade de água que acabou causando essa tragédia. Teremos chuvas novamente, mas sem a intensidade de hoje", disse o prefeito.
Crivella falou com jornalistas perto do local onde um ônibus foi soterrado matando ao menos uma pessoa na avenida Niemeyer. Questionado quanto ao porquê de não ter havido um trabalho prévio de contenção da encosta que desabou sobre o veículo, o prefeito citou questões relativas à legislação ambiental.
"Foi uma coisa inesperada. Agora, se tivéssemos vindo aqui na Niemeyer com os técnicos da Geo-Rio [Fundação Instituto de Geotécnica] há três dias e eles dissessem que precisavam remover uma árvore, certamente teriam problemas com o meio ambiente", declarou.
"Mas agora faremos vistoria conjunta com a Secretaria de Obras e a Geo-Rio e faremos um mapeamento completo da Niemeyer, monitorando o solo da região. Se o solo for raso, removeremos essas árvores e faremos replantio em outro lugar", disse.
Crivella garantiu que as demais casas da região, vizinhas à encosta que desabou, não correm risco de novos deslizamentos. "Essas casas têm fundação no solo, estão fora de perigo", afirmou.
No entanto, o prefeito reforçou que a meteorologia ainda prevê chuvas entre a tarde e a noite desta quinta-feira. "São chuvas menos intensas, com menos ventos e precipitações. Pedimos às pessoas para que se mantenham em local seguro e usem o transporte público", concluiu.
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