Governo declara call center serviço essencial para evitar paralisações
Em meio a uma onda de protestos de funcionários de call centers durante a pandemia de coronavírus, o governo federal resolveu declarar a atividade como essencial. As centrais de atendimento telefônico foram incluídas hoje na nova versão de um decreto que regulamenta medidas a serem tomadas para o controle da pandemia.
A nova versão do texto foi publicada hoje em edição extra do Diário Oficial da União. Originalmente, o decreto 10.282, emitido ontem, não citava call centers.
Pelo decreto, atividades consideradas essenciais são "aquelas indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade". Segundo o texto, a interrupção desses serviços "coloca em perigo a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população".
Assim como o atendimento de centrais telefônicas, também são serviços essenciais: assistência à saúde, atividades de defesa nacional e civil, tratamento de água e esgoto, e outros.
Na sexta-feira (20), funcionários de São Paulo da Almaviva do Brasil, um dos principais call centers do país, com 37 mil empregados, cruzaram os braços e paralisaram suas atividades por receios em relação ao novo coronavírus. Segundo os trabalhadores, a empresa não estaria tomando as medidas de higienização adequadas, nem fornecendo insumos básicos para a limpeza.
Em nota, a Almaviva afirmou que "não está medindo esforços para garantir a segurança de seus colaboradores nesse momento de pandemia relacionado ao Covid-19 (coronavírus)".
Também houve protestos de trabalhadores de call centers em cidades do interior de São Paulo, Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR).
A Fenattel (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicação e Operadoras de Mesas Telefônicas) informou em comunicado que está em contato com empresas para garantir que sejam tomados cuidados contra a transmissão do coronavírus em call centers.
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