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Henrique Meirelles diz que reabertura do comércio em SP 'não é inflexível'

Pedestres usam máscara de proteção na região da Rua 25 de Março, área de comércio popular no centro de São Paulo - Alex Silva/Estadão Conteúdo
Pedestres usam máscara de proteção na região da Rua 25 de Março, área de comércio popular no centro de São Paulo Imagem: Alex Silva/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

12/06/2020 18h20

Henrique Meirelles, secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, reforçou hoje que a reabertura do comércio e da economia do estado "não é inflexível".

Questionado sobre os riscos de enfrentar um aumento no número de casos de coronavírus com a flexibilização da quarentena, ele disse que a gestão estadual está "aprendendo não só com os acertos, mas com os erros também".

"No caso de São Paulo, essa abertura não é inflexível. Estamos nesta pandemia sempre incorporando dados e aprendendo não só com os acertos, mas com os erros dos outros também. Estamos levando tudo em conta, temos uma série de indicadores e este é um processo flexível, com medidas muito rigorosas a cada passo", afirmou à CNN.

Meirelles disse que faz parte do plano de retomada, inclusive, dar o que chamou de "passo atrás" em determinados setores ou regiões, a depender dos números de casos, óbitos e leitos de UTI disponíveis.

Criação de empregos

Meirelles acredita que o governo deve defender as empresas durante e depois da pandemia, evitando que elas entrem em falência, e auxiliar na criação de empregos, para garantir a recuperação da economia.

"Preservando as companhias com empréstimos, a economia é preservada. Mesmo que a produção caia, neste momento que preserva os empregos, aí temos condições de ter crescimento mais rápido depois", disse. "A melhor politica social que existe é a criação de emprego. Para isso, tem que ter crescimento econômico, mas também qualificação, treinamento de mão de obra."

O secretário, que foi ministro da Fazenda no governo Temer (2016-2018), acredita que "não há previsão muito precisa" a respeito dos índices econômicos deste ano porque ainda "não se conhece a pandemia".

"O dado do banco mundial, de 8% de queda, é possível. Torcemos para a melhora, mas [temos que] estar preparados e temos todo o plano de ação para o pior", disse.