PCC tinha informação privilegiada no assalto em Botucatu, diz coronel da PM
Secretário-executivo da Polícia Militar de São Paulo, o coronel Álvaro Batista Camilo afirmou que os integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), que agiram no assalto contra uma agência do Banco do Brasil e cercaram um batalhão da PM na madrugada de hoje, tinham informações privilegiadas sobre o montante financeiro que havia no local.
"Foi um banco, especificamente, que eles sabiam que tinha um montante financeiro maior, informação privilegiada. Nessa linha, também a Polícia Civil está construindo um trabalho muito forte com o setor para identificar crimes cibernéticos, identificar também as comunicações", afirmou Camilo em entrevista à GloboNews.
Segundo a Polícia Civil, os ataques podem ser uma ação orquestrada de uma quadrilha especializada em roubo a banco que receba apoio do PCC. A polícia ainda afirma que o assalto tem ligação direta com as toneladas de drogas apreendidas pela PM nas últimas semanas, e a facção estaria tentando reaver o dinheiro perdido.
Camilo ainda disse que é necessária a intervenção federal para a integração de informações e que São Paulo já trabalha com os estados vizinhos para a troca de dados. O secretário ainda afirmou que os fuzis utilizados no assalto não foram produzidos no Brasil, entrando pela fronteira, cobrando uma maior fiscalização por parte do governo federal.
"Enquanto não houver uma interação federal, inclusive dos estados... Aqui estamos articulando entre os estados vizinhos. Precisa o governo federal trabalhar na questão, integrar as informações e outra, esses fuzis vieram pela fronteira, não produzimos aqui. Temos que melhorar as nossas fronteiras para não deixar entrar armamento e temos que ter ações coordenadas e principalmente a troca de informações entre as polícias."
Sobre os explosivos utilizados na ação, o coronel afirmou que esse tipo de artefato é operado para a detonação de pedreiras. O Exército Brasileiro, responsável pela fiscalização, necessita acionar as polícias para um trabalho integrado, analisando a legislação e como são manuseados esses armamentos, diz Camilo.
"A fiscalização dos explosivos precisa de um trabalho integrado com as polícias, mas é do Exército Brasileiro. Precisa de uma legislação melhor de quem produz, quem armazena, nossas pedreiras, de como isso pode ser feito, com troca de informações. Esse tipo de explosão é feito com esses explosivos utilizados em pedreiras."
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