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Avó é indiciada por morte de neto recém-nascido e responderá em liberdade

Ed Rodrigues

Colaboração para o UOL, no Recife

27/02/2021 13h20Atualizada em 27/02/2021 13h53

A justiça de Minas Gerais expediu liberdade provisória para a mãe da menina de 12 anos suspeita de assassinar o próprio filho recém-nascido. A mulher, que é avó da vítima, foi indiciada por homicídio. Após registrar depoimentos de testemunhas, a Polícia Civil entendeu que houve participação dela no crime, que ocorreu em Ponte Nova, na zona da mata mineira.

Ainda segundo a polícia, a menina de 12 anos, mãe da vítima, foi internada para realização de procedimentos médicos por causa do parto improvisado.

O órgão de segurança pública também informou que o pai do recém-nascido, um adolescente de 16 anos, foi ouvido na delegacia da cidade e liberado em seguida.

"A investigação segue em andamento, e neste momento a equipe responsável pela investigação aguarda a conclusão de laudo pericial. A PCMG esclarece, por fim, que, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, os trabalhos investigativos estão sob sigilo", concluiu a PC, em nota.

Ao UOL, um policial militar, que não se identificou, contou que a menina confessou ter golpeado o recém-nascido. "Ela disse duas versões. Na primeira, negou tudo. Mas depois que insistimos, ela falou que teve a ajuda da mãe no parto e que, quando a mãe saiu para chamar ajuda, foi até a cozinha, pegou uma faca e acertou o bebê, segundo ela, por estar desnorteada e sem saber o que fazer com a criança", explicou o militar.

Entenda o caso

A menina de 12 anos entrou em trabalho de parto na última quinta-feira (25). À noite, no mesmo dia, ela e a mãe deram entrada no Hospital Nossa Senhora das Dores, em Ponte Nova, com o recém-nascido em estado grave.

A equipe médica de plantão identificou que o bebê tinha um corte no pescoço e várias lesões pelo corpo. Procedimentos padrões foram realizados, mas a criança não resistiu.

Devido à situação na qual o recém-nascido chegou à unidade de saúde, as enfermeiras resolveram acionar a Polícia Militar. O caso foi parar na Delegacia de Ponte Nova com mãe e filha apontadas como as principais suspeitas da morte do recém-nascido.

Em cumprimento ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) os nomes das suspeitas não foram divulgados.