MP abre investigação para apurar morte de garoto no AM após 4 anestesias
O MP-AM (Ministério Público do Amazonas) abriu investigação própria para apurar a morte do garoto Saimon Gabriel Freitas Neri, 6. A promotoria de Manicoré (AM), cidade a 332 km de Manaus, deu 15 dias à Secretária de Saúde do município e à Polícia Civil para que todas as informações sobre o caso sejam compartilhadas.
O menino morreu no último dia 20, após ter uma reação a quatro doses de anestesia aplicadas para imobilizar um braço quebrado.
O promotor de Justiça Vinícius Ribeiro de Souza informou que tomou conhecimento do caso devido à comoção na cidade. "Além de ter sido noticiado em vários veículos de comunicação. Por isso, decidimos pela abertura de investigação dentro do Ministério Público", explicou.
Em seguida, o MP oficiou a Polícia Civil e a Secretária de Saúde da cidade. "À autoridade policial local para que relate as medidas adotadas e à Secretaria de Saúde para que preste as informações dos procedimentos adotados no atendimento à criança", afirmou o promotor.
Para Jailson Meireles, pai de Saimon Gabriel, toda ajuda para buscar as responsabilidades sobre a morte do garoto são bem-vindas.
"A gente agradece a Deus todo apoio que estamos recebendo. Meu filho não vai voltar. Nós só queremos justiça para que não aconteça com outras pessoas", disse.
A reportagem procurou a Polícia Civil e Secretaria de Saúde de Manicoré para repercutir a decisão do MP. Por nota, a PC informou que já enviou as informações do inquérito ao MP e acrescentou que os profissionais que atenderam a vítima serão ouvidos nesta semana.
Já a Secretaria de Saúde ainda não retornou. Assim que órgão se posicionar, esta matéria será atualizada.
Entenda o caso
Saimon Gabriel deu entrada no Hospital Regional Doutor Hamilton Cidade, em Manicoré, no dia 18 deste mês com um braço quebrado. No último dia 20, o médico Samir Mamede realizou o procedimento para imobilizar o membro do garoto.
Três doses de anestesia não foram suficientes para concluir o tratamento. O médico, então, segundo a família de Saimon, decidiu aplicar uma anestesia geral. Logo sem seguida a criança começou a apresentar uma reação que culminou na sua morte.
O caso foi parar na delegacia da cidade, que abriu investigação. A prefeitura do município instaurou inquérito administrativo e afastou o médico de suas atividades. O UOL procurou o profissional, mas ele não se posicionou.
Fonte ligadas ao médico e ao hospital disseram que Samir Mamede classificou a reação à anestesia como uma fatalidade.
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