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Resultado de julgamento sobre incêndio na boate Kiss sai hoje

O juiz Orlando Faccini Neto, responsável por coordenar o julgamento da boate Kiss, vai proferir a sentença hoje - Juliano Verardi/TJRS
O juiz Orlando Faccini Neto, responsável por coordenar o julgamento da boate Kiss, vai proferir a sentença hoje Imagem: Juliano Verardi/TJRS

Larissa Mauricio

Colaboração para o UOL*, em São Paulo

10/12/2021 08h19

O resultado do julgamento sobre o incêndio na boate Kiss será proferido hoje, no Foro Central de Porto Alegre, após os quatro réus terem sido ouvidos pelo júri. A decisão era prevista para ontem, mas foi adiada após o Ministério Público pedir réplica das defesas dos advogados por volta das 23h40. Este será o 10º dia de julgamento.

A partir das 10h, os advogados de defesa terão duas horas para sustentar a acusação. Após um intervalo, mais duas horas serão abertas para as tréplicas das bancadas de defesa, que deve ter início às 13h15.

Depois, o juiz Orlando Faconi Neto se reúne com o Conselho de Defesa para a votação. O veredito será proferido ainda hoje, segundo o Ministério Público.

Fotos e vídeos de pânico

O nono dia de julgamento do incêndio da boate Kiss teve exibição de fotos de corpos de algumas das 242 vítimas e vídeos de momentos de pânico pelos promotores de Justiça Lucia Helena Callegari e David Medina, que atuam na acusação do Tribunal do Júri dos réus.

A exibição das imagens provocou a saída de alguns familiares do salão. As cenas não foram mostradas na transmissão do YouTube do julgamento.

Em um dos registros, os cadáveres apareceram acumulados no banheiro, onde cerca de 180 pessoas foram encontradas sem vida, por confundirem o local com uma saída de emergência. Em outro, os corpos estavam enfileirados lado a lado no chão de um ginásio do CDM (Centro Desportivo Municipal).

Os promotores também apresentaram vídeos da tragédia. Um deles revelou o momento de transporte dos cadáveres, dentro de sacos pretos, realizado no dia do incêndio em 27 de janeiro de 2013.

Julgamento

Quase nove anos após a tragédia, quatro réus são julgados por 242 homicídios simples e por 636 tentativas de assassinato —os números levam em conta, respectivamente, os mortos e feridos no incêndio. Devido ao tempo de duração e estrutura envolvida, o júri é considerado o maior da história do Judiciário gaúcho.

(*Com informações de Hygino Vasconcellos, colaboração para o UOL, em Porto Alegre)