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Capitólio: Polícia divulga nomes dos 10 mortos; vítimas são de MG e SP

Lucas Borges Teixeira, Anaís Motta e Thaís Augusto

Do UOL, em Passos e em São Paulo*

09/01/2022 13h16Atualizada em 10/01/2022 14h18

A Polícia Civil identificou as dez vítimas da tragédia em Capitólio, cidade turística de Minas Gerais, onde uma rocha se desprendeu de um paredão e caiu sobre lanchas com turistas, deixando dez mortos e mais de 30 feridos. Todas as vítimas eram de Minas ou de São Paulo.

Quatro mortos da mesma família foram liberados aos parentes e estão sendo levados para Serrania (MG), onde acontecerá o enterro. São eles:

    Júlio Borges Antunes, 68, uma das vítimas da queda de rocha em Capitólio (MG) - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
    Júlio Borges Antunes, de 68 anos
    Imagem: Arquivo Pessoal

    A primeira vítima a ter a identidade divulgada pela polícia, o pescador Júlio Borges Antunes, 68 anos, natural de Alpinópolis (MG), foi velado e enterrado ontem.

    Todos os dez mortos estavam na lancha de nome "Jesus". Segundo a polícia, os turistas estavam hospedados em uma pousada de São José da Barra e fecharam um passeio de barco em Capitólio.

    Outros cinco corpos ainda estão no IML (Instituto Médico Legal) de Passos (MG):

    • Geovany Teixeira da Silva, 37, Itaú de Minas (MG);
    • Geovany Gabriel Oliveira da Silva, 14, Alfenas (MG);
    • Thiago Teixeira da Silva Nascimento, 35, Passos (MG);
    • Rodrigo Alves dos Anjos, 40, Betim (MG);
    • Carmen Pinheiro da Silva, 43, mãe de Camila Silva Machado, Cajamar (SP).

    Sete corpos foram encontrados no dia do acidente. No domingo (9), os bombeiros resgataram mais três vítimas: um homem, que estava submerso, um adolescente de 14 anos e o pai dele, de 37.

    Operação de buscas

    Segundo o Corpo de Bombeiros, 50 militares participam da operação de busca, entre membros da corporação e da Marinha do Brasil.

    Por volta das 20h15 deste domingo, a polícia Informou que a atividade dos mergulhadores foi temporariamente suspensa "devido a condições de visibilidade e segurança". As buscas foram retomadas na manhã de segunda. O tempo permanece chuvoso na região.

    Quatro embarcações foram atingidas com o impacto da queda da rocha (direta e indiretamente):

    • Lancha EDL: 14 pessoas foram resgatadas com vida;
    • Lancha Jesus: todos os dez ocupantes morreram;
    • Lancha vermelha, sem identificação: 10 pessoas socorridas com vida;
    • Nova Mãe: 9 pessoas socorridas com vida.

    Feridos

    Ao menos 30 vítimas foram atendidas em hospitais da região e liberadas, sendo 23 na Santa Casa de Capitólio, quatro na Santa Casa de São José da Barra, três na Santa Casa de Piumhi e uma na Santa Casa de Passos — uma mulher que teve a orelha dilacerada e foi atendida nesse hospital recebeu alta médica neste domingo.

    Uma pessoa permanece hospitalizada, com quadro estável, em Passos.

    As autoridades estimam que de 70 a 100 pessoas estavam no local no momento da tragédia.

    Cerca de duas horas antes do desabamento da rocha, a Defesa Civil de Minas Gerais havia emitido um alerta para chuvas intensas na região com possibilidade de "cabeça d'água" —não se sabe se existe alguma norma que proíba a entrada de turistas nessa situação no local onde ocorreu o acidente.

    Na tarde de sábado, a Marinha havia informado que investigaria por que os passeios foram mantidos mesmo após os alertas. Depois, emitiu comunicado dizendo que "o ordenamento do espaço aquaviário onde ocorreu o acidente está sob a jurisdição da Prefeitura de Capitólio".

    *Com colaboração de Beatriz Gomes, do UOL, em São Paulo