'Cracolândia': É mais fácil adesão ao tratamento com dispersão, diz Garcia
O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), se posicionou hoje de manhã, em ato de entrega de submetralhadoras calibre .40 no centro de material bélico da Polícia Militar, sobre as ações envolvendo a desocupação da chamada "cracolândia", retirada há uma semana da praça Princesa Isabel, no centro da capital paulista.
"Em relação à 'cracolândia', nós temos que ter clareza de que a polícia é para combater traficante e tratamento para ajudar os dependentes químicos. É muito mais fácil ter a adesão ao tratamento com a dispersão. Isso acabou acontecendo com o aumento na procura de tratamento", disse.
"Aumentaram vagas em comunidades terapêuticas. É fundamental que haja alternativa de tratamento", complementou, sem informar o índice de aumento dessas vagas.
Segundo a Secretaria estadual de Saúde, houve alta de 20% na procura de dependentes químicos nas duas unidades na região central de São Paulo após a desocupação da praça Princesa Isabel.
O UOL tem acompanhado o deslocamento do fluxo migratório de "cracolândia" e conversado com moradores, que relatam roubos, furtos e sensação de insegurança após a desocupação da praça Princesa Isabel, onde dependentes químicos consumiam drogas.
Garcia, que assumiu o governo no começo do mês após a saída de João Doria (PSDB) e é candidato à reeleição, também citou o abrigo criado na estação Dom Pedro do metrô para abrigar pessoas em situação de rua em meio às baixas temperaturas. "Todo esforço tem sido feito não só na distribuição de cobertores. Há esforço para que a população possa se abrigar".
Na madrugada de ontem, cerca de 400 usuários de drogas deixaram a rua Helvétia, maior fluxo de "cracolândia" desde a desocupação da praça Princesa Isabel, em decorrência do frio — SP chegou a registrar sensação térmica de -2°C na madrugada mais fria do ano, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas).
'Bandido que cometer crime em SP será preso'
Garcia participou do ato de entrega de 490 submetralhadoras calibre .40 feita pelo governo estadual à PM. Até o fim do ano, serão entregues quase 2.500 armamentos à corporação.
Ele voltou a fazer um balanço da Operação Sufoco, que dobrou o efetivo de policiamento nas ruas no começo do mês como resposta à onda de assaltos na cidade.
"Bandido que cometer crime em São Paulo será preso", disse na coletiva de hoje, adotando um tom mais comedido em relação ao posicionamento anterior. Quando anunciou o reforço do policiamento na capital paulista, Garcia disse que "bandido que levantar arma vai levar bala da polícia".
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