'Bandido que levantar arma vai levar bala da polícia', diz governador de SP
Rodrigo Garcia (PSDB), que assumiu o governo de São Paulo no começo do mês após a saída de João Doria e será candidato à reeleição, participou do anúncio da Operação Sufoco, hoje de manhã, no Copom (Centro de Operações da Polícia Militar).
"Aqui em São Paulo, bandido que levantar arma vai levar bala da polícia", disse, ao falar sobre a ação que promete dobrar o efetivo nas ruas da capital paulista. Garcia estava acompanhado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), que não se pronunciou.
O efetivo diário, até então de 5.000 policiais por dia na capital, será quase dobrado para a Operação Sufoco, diz o governo de São Paulo. Com o reforço nas ruas de 4.740 agentes contratados a partir de jornadas extras Polícia Militar, Guarda Civil e Polícia Civil, haverá intensificação de ações, como vistorias de veículos nas ruas.
No primeiro dia da ação, houve uma megaoperação contra roubos e furtos de celulares e contra golpes do Pix. De acordo com a polícia, uma quadrilha especializada nesses crimes extraía dados bancários de celulares e revertia valores das contas das vítimas em criptomoedas.
A medida é uma resposta à onda de assaltos na cidade de São Paulo. O coronel Ronaldo Miguel Vieira, que assumiu ontem o comando da PM de São Paulo, disse na ocasião que serão feitas abordagens a todos os motoqueiros para coibir roubos cometidos por criminosos disfarçados de entregadores de aplicativos.
O governador Rodrigo Garcia também citou a morte do jovem Renan da Silva Loureiro, que morreu ao ser atingido por um tiro na cabeça em um assalto cometido por um criminoso disfarçado de entregador de aplicativos na noite de 25 de abril.
"Como pai de três filhos, fiquei muito impactado pelo assassinato do jovem Renan. Quero deixar um aviso claro a brandidos escondidos de maneira covardia atrás de um capacete e disfarçados de entregadores. Que eles mudem de profissão ou de estado, porque a polícia vai atrás de cada um deles. Quem cometer crime, vai ser preso", disse.
A polícia também atuará de maneira integrada com empresas responsáveis por entrega por aplicativo para que seja possível identificar mais rapidamente quem são os colaboradores e eventuais criminosos disfarçados.
Como será a operação
A ação ainda contará com 1.500 viaturas adicionais, cinco helicópteros da PM e um da Polícia Civil em um investimento mensal de R$ 41,8 milhões para pagamento das jornadas extras e do uso dos veículos —R$ 30 milhões serão repassados pelo governo de São Paulo, e o restante será bancado pela prefeitura da capital paulista.
Questionado sobre uma eventual sobrecarga de trabalho, João Campos, secretário de Segurança Pública que também participou da coletiva, disse que havia limitação de dez jornadas extras por agente.
As ações, que começaram hoje na capital paulista, serão estendidas para a região metropolitana de São Paulo e para os municípios mais populosos do interior, anunciou o governador Rodrigo Garcia. Contudo, não detalhou em quais cidades e quando isso será feito.
O governador também pediu a compreensão da população paulista. "Vamos realizar muitas blitze e isso vai mexer com o cotidiano da cidade. Peço desculpas pelo transtorno. Mas ao mesmo tempo peço apoio da população. Dentro da lei, vamos combater o crime com ainda mais firmeza", disse.
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