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'Peixe vampiro' da Amazônia, Candiru penetra orifícios como pênis e vagina

Candiru, o "peixe vampiro" de águas doces, é difícil de enxergar a olho nu - Divulgação/Prefeitura de Belém
Candiru, o "peixe vampiro" de águas doces, é difícil de enxergar a olho nu Imagem: Divulgação/Prefeitura de Belém

Do UOL, em São Paulo

21/05/2022 14h49

Na região Amazônica, o Candiru — conhecido como "peixe vampiro" — tem assustado banhistas que buscam se refrescar em rios e lagos. O peixe é um parasita natural de águas doces que se alimenta de sangue e tem a capacidade de penetrar orifícios humanos como pênis, vagina, ânus, nariz, ouvidos e boca.

Especialistas estimam que, em Rondônia, ao menos 10 casos por ano são registrados de penetração do Candiru em seres humanos. O peixe habita as bacias Amazônica, Prata, São Francisco e a do Leste e é difícil de ser visto a olho nu — ele vive em águas turvas e lamacentas, o que dificulta ainda mais que seja visto.

A Prefeitura de Belém o descreve com "forma de enguia", com o corpo muito liso e comprimento que varia de 2,5 a 18 cm, com 6 mm de largura. Ele possui olhos pequenos e coloração azulada, de aspecto luminoso. Os ossos são afiados e há espinhos em torno de sua cabeça.

Atraído por odores como urina e sangue, ele penetra os orifícios das vítimas e se aloja no interior do corpo delas, onde utiliza seus espinhos para se fixar. Uma vez fixado, o peixe abre a parte de trás do corpo, similar a um guarda-chuva, o que bloqueia o canal e dificulta a sua saída. Ele pode provocar hemorragias e infecções, e na maioria dos casos só pode ser retirado por meio de cirurgia.

De acordo com a Prefeitura de Belém, há algumas formas de ser prevenir dos ataques do Candiru:

  • Evitar nadar sem trajes de banho que cubram os órgãos genitais;
  • Se informar sobre a região antes de nadar em locais desconhecidos;
  • Evitar entrar na água com machucados que possam sangrar -- no caso de mulheres que menstruam, evitar entrar no período menstrual;
  • Não urinar na água, já que o peixe é atraído pela ureia;

A Prefeitura também alerta que, caso a pessoa identifique um ataque no momento, que não puxe o peixe em sentido contrário "porque os seus dentes podem rasgar a uretra". A solução é procurar um médico.