Petista assassinado não estava sob efeito de drogas ou álcool, aponta exame
O guarda municipal Marcelo Arruda, morto a tiros pelo policial penal Jorge José da Rocha Guaranho na noite de 9 de julho em Foz do Iguaçu (PR), não estava sob o efeito de drogas ou álcool quando foi assassinado, aponta exame toxicológico feito pelo IML (Instituto Médico Legal).
Bolsonarista, Guaranho foi denunciado por homicídio qualificado pelo assassinato de Arruda, que era tesoureiro do diretório do PT na cidade paranaense e comemorava o aniversário de 50 anos com uma festa temática que lembrava o partido.
"Não foram detectadas as substâncias pesquisadas", aponta o exame, que verificou se havia a presença de bebidas alcoólicas ou de cocaína no sangue da vítima. A coleta foi feita após a constatação do óbito.
Como houve o crime, o IML coletou o sangue da vítima para verificar se ele estava sob efeito de álcool ou drogas, sendo mais um elemento para as investigações. O laudo foi anexado ao processo.
O atirador está no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, desde a madrugada de 13 de agosto.
O que aconteceu? Ao saber que havia uma festa com temática petista com base em câmeras de monitoramento no local da festa, Guaranho foi ao local "para provocar" os convidados, segundo apontou o inquérito da Polícia Civil.
Guaranho se desentendeu com o aniversariante e retornou ao local para atirar. Arruda revidou, atingindo o atirador, que caiu.
Em seguida, o policial penal levou mais de 20 chutes na cabeça dados por três pessoas em quase seis minutos. Ele só teve alta hospitalar um mês após o crime.
Quando será a audiência do caso? A audiência de instrução e julgamento ocorrerá entre 14 e 15 de setembro. Na ocasião, serão ouvidas testemunhas e será decidido se o caso será levado a júri popular.
Por que Guaranho precisa de acompanhamento médico? Com fragmentos de projétil de arma de fogo alojados na cabeça, o policial penal foi atingido por tiros na boca, braços, perna esquerda e de raspão no pescoço, segundo informações dos representantes legais dele. O policial penal ainda sofreu uma fratura no maxilar e só se alimenta com comidas pastosas.
Os representantes legais dele alegam que as agressões sofridas por Guaranho após ter sido baleado agravaram o estado de saúde dele.
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