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Desmatamento na Amazônia bate recorde em setembro, aponta Inpe

Vista aérea de desmatamento na Amazônia para expansão da pecuária, em Lábrea (AM) - Victor Moriyama/Amazônia em Chamas
Vista aérea de desmatamento na Amazônia para expansão da pecuária, em Lábrea (AM) Imagem: Victor Moriyama/Amazônia em Chamas

Do UOL, em São Paulo

07/10/2022 08h43Atualizada em 07/10/2022 08h50

A área desmatada na Amazônia em setembro foi a maior da série histórica iniciada em 2015, de acordo com dados do monitoramento por satélite Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgados hoje.

A área desmatada no mês foi de 1.455 km², ligeiramente maior que a do recorde anterior, de setembro de 2019 (1.454 km²) —isso é maior do que a cidade do Rio de Janeiro (1.200 km²) e um pouco menor que a cidade de São Paulo (1.521 km²). Em relação ao mesmo mês no ano passado, houve crescimento de 47,7%.

De acordo com a ONG Observatório do Clima, essa devastação pode ter emitido 70 milhões de toneladas de gás carbônico, o equivalente ao que um país como a Áustria emite o ano inteiro.

Com três meses restantes em 2022, o desmatamento acumulado neste ano já superou o registrado de janeiro a dezembro de 2021.

Bioma tem maior número de queimadas em 12 anos. O Inpe também divulgou que o número de queimadas registradas no bioma em setembro foi de 41.282, o maior desde 2010. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 147%.

No caso da Amazônia, as queimadas são sempre ocasionadas pelo homem e fazem parte de um processo de limpeza da área. Ou seja: elas precedem o desmatamento como uma forma de destruir restos orgânicos e preparar o terreno para virar pastagem.

Apesar de estarmos ainda no nono mês do ano, o número de queimadas de 2022 já supera o total de 2021: 82.872 neste ano contra 75.090 do ano passado.