Choque da PRF tem treino específico e só aceitou mulheres em 2008
Para cumprir a determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e dispersar as manifestações de caminhoneiros e simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas estradas em todo o Brasil, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) usou sua Tropa de Choque, chamada de Força de Choque.
Em alguns estados, como Goiás, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e São Paulo, a PRF precisou usar spray de pimenta e bombas para retirar os manifestantes das rodovias. Nestes locais foi observado o uso da Força de Choque da corporação.
A Força de Choque foi criada em 1999, como atividade de Operação de Controle e Distúrbios. Segundo o órgão, a função da Força é "garantir a livre circulação e a salvaguarda do patrimônio público nas rodovias federais e áreas de interesse da União".
A Força já foi utilizada em diversos eventos realizados no Brasil, como:
- Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007;
- Rio +20, em 2012;
- Jornada Mundial da Juventude, em 2013;
- Copa do Mundo, em 2014;
- Jogos Olímpicos, em 2016
Segundo a PRF há um treinamento específico para que o servidor seja lotado dentro da Força de Choque. Desde 2008, o grupo conta com policiais femininas.
"Para ingressarem na Força de Choque, os agentes passam por rigorosa seleção, que inclui teste de aptidão física diferenciado. Após a seleção, os policiais são treinados no Curso de Operação de Controle de Distúrbios (COCD). O curso conta com disciplinas teóricas, como Direitos Humanos e Gerenciamento de Crises e com disciplinas tático operacionais, como uso diferenciado da força e tecnologias de menor potencial ofensivo. Outro diferencial é o treinamento em primeiros socorros, que permite uma rápida intervenção da própria equipe em serviço, caso haja algum ferido na operação", informou o órgão.
Força de Choque Mobilizável
Em 2019, a Polícia Rodoviária Federal anunciou a criação da Força de Choque Mobilizável. Se trata de um efetivo de agentes que é convocado mensalmente à Brasília e que tem como função "prontidão para atender ocorrências de controle de distúrbios, sejam em rodovias federais ou em áreas de interesse da União", segundo informou o órgão.
Segundo a corporação, são 11 operadores e um supervisor de equipe. O grupo fica em Brasília para facilitar o deslocamento para qualquer região do país. "A escolha pela base em Brasília visa, principalmente, facilitar o deslocamento para as demais regiões do país, diminuindo sensivelmente o tempo de resposta às ocorrências de perturbação da ordem, sobretudo nas superintendências que não dispõem de uma Força de Choque Regional", informou a PRF.
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