Metrô de SP: o que é adicional de periculosidade, uma das razões da greve
A greve que afeta o metrô de São Paulo desde a madrugada de hoje tem como uma das reivindicações o restabelecimento do adicional de periculosidade para alguns cargos.
O dinheiro extra é garantido por CLT para empregados que lidem com explosivos, inflamáveis e energia elétrica. Qualquer outro trabalhador envolvido em "condições de risco elevado" também devem receber o benefício, como por exemplo motoboys e vigias, expostos pela função a roubos e violência física.
Quem recebe o adicional no metrô de SP?
Diversos setores de manutenção, operadores de transporte e seguranças eram agraciados com o adicional. Mas os operadores do CCO (Centro de Controle Operacional), que monitora e regula toda movimentação do sistema de metrô, foram informados recentemente de que perderiam o benefício.
O Sindicato dos Metroviários reivindica que o pagamento seja restabelecido. "Eles estão atacando vários setores, alguns nós conseguimos reverter, outros não", informou a assessoria do Sindicato dos Metroviários.
Funcionários de pintura e de escada rolante são alguns dos trabalhadores de manutenção afetados.
O corte aconteceu nas linhas administradas pela Companhia do Metropolitano de São Paulo, que ainda pertencem majoritariamente ao governo do estado, hoje comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A assessoria de imprensa do metrô também foi procurada pela reportagem para comentar o fim do adicional, mas não respondeu os questionamentos, retornando o contato com a nota sobre a limitar expedida no final da manhã de hoje que obriga os metroviários a voltarem ao trabalho no horário de pico, sob pena de multa.
Já os metroviários exigem que o governo do estado libere a operação das linhas afetadas com catraca livre — sem cobrança de passagem — enquanto negocia com a categoria.
Outras reivindicações
- Fim da privatizações e terceirizações do serviço de transporte,
- Aumento de contratações por concurso público de novos servidores.
- Pagamento do abono salarial referente aos anos de pandemia em troca da participação nos Resultados e Lucros (PRL) que, segundo o sindicato, não foi repassado aos trabalhadores.
Como está situação da greve
- As linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata estão paralisadas.
- Funcionam normalmente as linhas 4-amarela e 5-lilás, operadas pela iniciativa privada.
- As linhas de trens, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitano), também funcionam normalmente.
- O rodízio de veículos foi suspenso.
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