Topo

Não é a da novela: quem é Bibi Perigosa, traficante presa por ataques no RN

Andreza Leitão, que ganhou apelido inspirado em traficante de novela, assumiu liderança no crime graças ao marido  - Reprodução/TV Globo
Andreza Leitão, que ganhou apelido inspirado em traficante de novela, assumiu liderança no crime graças ao marido Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

03/04/2023 12h07Atualizada em 03/04/2023 12h10

A traficante Andreza Cristina Lima Leitão, conhecida como "Bibi Perigosa", foi presa ontem suspeita de liderar uma facção criminosa do Rio Grande do Norte. Ela seria uma das articuladoras dos ataques que aterrorizaram o estado em março, com assassinatos, depredação de prédios públicos e incêndio de veículos.

Considerada uma das maiores traficantes potiguares, a mulher de 31 anos foi interceptada em frente a um shopping em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro. Havia dois mandados de prisão em aberto contra ela, por tráfico e organização criminosa.

Ela é "xará" de personagem de Juliana Paes. Também apelidada de "Andreza Patroa", a traficante ganhou a alcunha de "Bibi Perigosa" em homenagem à personagem criada por Glória Perez na novela "A Força do Querer", exibida em 2017. A Bibi original foi inspirada na produtora de cinema Fabiana Escobar, ex-primeira-dama do tráfico da Rocinha — e, portanto, não relacionada a este caso.

A potiguar herdou liderança do tráfico após a morte do marido. Elinaldo César da Silva, conhecido como Sardinha no mundo do crime, foi executado em setembro de 2016. Ela estaria com ele no momento da morte, na saída de uma boate em Natal. Os dois foram alvejados e ela chegou a tentar proteger o companheiro, sendo atingida na perna.

Andreza assumiu a liderança dos "negócios" de Elinaldo ao lado do irmão, identificado como José Alexandre Lima Leitão, o "Espiga". Eles comandavam bocas de fumo na comunidade dos Coqueiros, em Natal.

Ela já foi condenada a 10 anos de prisão por tráfico de drogas e organização criminosa. A traficante chegou a ser presa em 2018, mas progrediu para regime semiaberto no mesmo ano, desaparecendo em seguida.

A criminosa estaria há três anos no Rio de Janeiro, sob o nome de Rafaela Carvalho. Comandando de longe o crime em sua terra natal, ela buscou abrigo em comunidades comandadas pelo Comando Vermelho ao ver o cerco se fechar depois dos ataques de março.