Com forte esquema de segurança, Marcola deixa prisão e faz exames médicos
O número 'um' do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, deixou a prisão e foi levado a um hospital na manhã de hoje sob um forte esquema de segurança para fazer exames de rotina.
O que aconteceu
Marcola deixou a Penitenciária Federal de Brasília e foi levado ao Hospital Regional do Gama (HRG).
O advogado Bruno Ferullo, defensor de Marcola, disse que a consulta era para exames de rotina, como endoscopia e sangue. Por questões de segurança, a defesa e não é avisada previamente quando será a saída para a realização dos atendimentos.
Segundo uma fonte ouvida pelo UOL, cerca de 90 agentes participaram da operação para o deslocamento do líder do PCC. No ano passado, forças de segurança disseram ter frustrado um plano de resgate de Marcola.
Fortuna de Marcola
Considerado o líder do PCC, Marcos Willians Camacho, o Marcola, está preso há mais de duas décadas
Marcola é considerado um milionário, ainda que o valor de sua fortuna não possa ser calculado ao certo. "A fortuna do Marcola é um dado ainda incerto, mesmo com todas as investigações minuciosas do MP-SP. Uma dificuldade é que o patrimônio não está no nome dele, mas espalhados tanto entre parentes ou não. O uso de laranjas é muito comum nesse meio, o que torna muito difícil estimar esse patrimônio", comenta Marco Alan Ferreira, professor que estuda facções criminosas na UFPB (Universidade Federal da Paraíba).
R$ 60 milhões do próprio bolso: de acordo com o MP-SP, Marcola enviou R$ 60 milhões para integrantes do PCC executarem o plano de resgate dele da prisão em junho deste ano.
R$ 5 milhões por semana: as investigações que frustraram o plano de resgatar Marcola ainda revelaram que o líder do PCC tem um faturamento de R$ 20 milhões por mês, algo em média de R$ 5 milhões por semana com negócios particulares.
Mansão de R$ 1,1 milhão: para desvendar o patrimônio de Marcola, investigações também já miraram seus parentes. A esposa, Cynthia Giglioli, e os pais dela, Marivaldo da Silva Sobrinho e Maria do Carmo Giglioli da Silva, foram alvos de uma operação em 2020. A Polícia Civil investigou a lavagem de dinheiro na compra subfaturada de uma mansão de R$ 1,1 milhão em Alphaville, na Grande São Paulo. Os investigadores, no entanto, acreditam que o imóvel tem valor de mercado de R$ 3 milhões.
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