Jovem que cheirou pimenta responde a estímulos em sessão de fonoaudiologia

"Vamos vencer essa batalha", escreveu a mãe, Adriana Medeiros, esperançosa com a evolução apresentada. "Ainda é muito cedo para ter resultados satisfatórios e sei que ainda teremos muitas lutas pela frente", acrescentou.

A jovem está na quarta sessão e no início apresentava uma mordida travada, segundo Poliana Guimarães, fonoaudióloga que acompanha Thais. "Hoje já consegue abrir sutilmente a mandíbula sob comando para abertura, está conseguindo deglutir a própria saliva com maior frequência."

O tratamento é uma 'neurofotobiomodulação', técnica que usa laser de baixa intensidade em pontos específicos do cérebro. A intenção é que estímulos táteis, térmicos e gustativos voltem a sua função.

Relembre o caso

A trancista Thais Medeiros, mãe de duas filhas, passou mal após cheirar um pote de vidro de pimenta durante um almoço com o namorado, na cidade de Anápolis em fevereiro.

A jovem começou a sentir a garganta coçando e imediatamente foi levada ao Hospital Santa Casa da cidade, em seguida transferida para Goiânia.

Além da própria alergia, Thais passou por complicações como infecções e para cardiorrespiratória. Com isso, desenvolveu uma lesão no cérebro e deixou de responder a estímulos.

Os médicos envolvidos no caso esclareceram que a reação é rara e fez com que Thais ficasse mais de 5 meses internada. Ela teve alta em setembro e pôde passar seu aniversário em casa, mas os tratamentos continuam.

"Minha filha saiu de um jeito e voltou assim, como um neném", falou a mãe da jovem ao UOL na época. Adriana teve que deixar seu trabalho em um salão de beleza para acompanhar a recuperação da filha e cuidar das netas.