Agressor de irmã de Zanin diz ter se protegido ao ser atacado por cães
O homem flagrado em vídeo ao atacar a chutes a advogada Caroline Zanin e seus cães na última segunda-feira (16) no bairro de Perdizes, zona oeste de São Paulo, disse hoje em depoimento à Polícia Civil que tentou se defender.
O que disse o agressor
O aposentado Rogério Cardoso Júnior, 64, prestou depoimento hoje de manhã na sede do 23ª Distrito Policial, que investiga o caso. No relato, ele disse que não conhecia Caroline, que é irmã do ministro Cristiano Zanin, do STF.
Acompanhado por um advogado, o agressor disse que tentou se proteger dos cães, que teriam avançado contra ele duas vezes quando ele voltava da academia. A primeira vez, quando caminhava pela calçada, não foi flagrada nas imagens, disse ele. O vídeo só registrou o segundo momento, relatou, quando Caroline parou para abrir o portão no prédio onde mora.
Mas as imagens mostram que os dois animais de estimação de pequeno porte usavam coleira e apenas latiram quando Cardoso passou pela calçada. Em seguida, ele começou a chutar os cachorros, atingindo também Caroline.
Cardoso foi indiciado por lesão corporal e abuso a animais. O inquérito será concluído pela Polícia Civil nos próximos dias e remetido à Justiça.
Ele disse que deu chutes para se defender, mas que não tinha a intenção de atingir os cães ou a vítima.
Delegado Átila Medeiros da Cruz Borges, responsável pela investigação
O que disse Caroline Zanin
Caroline Zanin contestou a versão dada pelo agressor ao ser informada pelo UOL sobre o teor do depoimento. "Atacado pelos meus cães, eu garanto que ele não foi porque eles estavam comigo na coleira. Os meus cães nunca atacaram ninguém. Aliás, o vídeo da câmera de segurança comprova o que estou dizendo."
Ele alegou que agrediu porque o meu cachorro latiu. Ele agrediu a mim e aos meus cachorros e depois saiu como se nada tivesse acontecido.
Caroline Zanin, advogada
O UOL teve acesso ao laudo médico de Caroline Zanin, que apontou "escoriações na região lateral da perna direita". As lesões corporais foram consideradas "leves".
Um dos animais apresentou lesão na unha e na pata e teve sangramento no local, segundo exame. O documento não apontou luxação nos ossos da cadela.
O que se sabe sobre o caso
Caroline Zanin, 43, reconheceu o agressor por meio de uma fotografia do registro de identidade na delegacia. A advogada disse que pretende se mudar do imóvel onde mora, já que o agressor é seu vizinho. "Não tenho mais coragem de sair na rua com os meus cachorros. Quero me mudar, não me sinto segura", disse, em entrevista ao UOL.
Imagens de câmeras de segurança mostram que Caroline estava parada em frente a um prédio com dois cachorros. Um deles latiu. O homem que andava na calçada então partiu para cima dos cachorros e de Caroline com chutes.
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Quero receberEle só parou quando o portão foi liberado e Caroline entrou no prédio. Um segurança na calçada se aproxima, mas não afasta o agressor.
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