Irmã de Zanin comemora denúncia do MP contra agressor: 'Espero que pague'
A advogada Carolina Zanin, irmã do ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), comemorou a denúncia contra Rogério Cardoso Júnior por lesão corporal e maus-tratos. Carolina foi alvo de chutes de Rogério, que também atacou os dois cães que passeavam com ela em outubro, na zona oeste de São Paulo.
O que aconteceu:
Ao UOL, Carolina afirmou estar "aliviada" em saber que o MPSP (Ministério Público de São Paulo) denunciou "o monstro" que a agrediu e chutou seus cachorros, e disparou: "Espero que ele pague pelo que fez". Agora, cabe a justiça aceitar ou não a denúncia do MP.
A advogada desabafou que sofreu e ainda está sofrendo com os danos físicos e psicológicos do episódio, que foi flagrado por câmeras de segurança (veja acima).
Carolina disse esperar que os homens entendam que "agredir, ofender, menosprezar e diminuir uma mulher é crime".
Sigo muito abalada desde que tudo aconteceu, tenho medo de sair na rua, medo de sofrer outra agressão, medo fazer um simples passeio com meu cachorro. Espero que a partir de agora a denúncia seja acatada e faça o agressor pagar por tudo que fez, e mais que isso, espero que a Justiça tome as providências cabíveis para que isso não se repita.
Carolina Zanin ao UOL
A irmã do ministro do STF ainda ressaltou esperar que os donos de empresas de segurança patrimonial entendam a relevância de preparar os seus profissionais para agir em situações como a que aconteceu com ela. Carolina afirmou que teve o sentimento de "desamparo e omissão". As câmeras mostraram que um segurança do prédio estava próximo à advogada e demorou para auxiliá-la diante das agressões.
Denúncia do MPSP
Rogério foi denunciado por lesão corporal "por razões da condição do sexo feminino". A pena prevista é de um ano a quatro meses de reclusão.
Ele também foi denunciado por praticar abuso, maus-tratos, ferimentos ou mutilações contra animais silvestres ou domésticos. A pena é de detenção de três meses a um ano e pagamento de multa.
O promotor de Justiça substituto Severino Antonio Tavares Moreira Barbosa, que assina a denúncia, classificou o comportamento do agressor como "absolutamente reprovável".
Após a denúncia, o UOL entrou em contato com o advogado Cesar Henrique Urbina Bianco, defensor de Rogério Cardoso Júnior, mas não obteve retorno.
O advogado disse inicialmente que o homem havia sido atacado pelos animais da vítima e que as agressões não foram mostradas nos vídeos. Ele havia solicitado que a investigação da polícia captasse a "imagem completa da rua".
Mas, o promotor afirma na denúncia que o relato de Rogério "não traz qualquer fato que não tenha sido captado pelas câmeras.
Relembre o caso
O caso ocorreu na rua Desembargador do Vale, em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, às 18h. Rogério Cardoso Júnior praticou maus-tratos contra os animais de pequeno porte duas vezes, segundo a denúncia.
As agressões contra Caroline Zanin resultaram em lesões corporais de natureza leve.
Ela passeava com os cães e em um determinado momento um deles mordeu a bermuda do homem por alguns segundos. Caroline, então, puxou o animal pela guia.
O homem se aproximou dela e dos animais e disse "vou chutar você e seus cachorros". Nesse momento, ele passou a desferir chutes atingindo a mulher e os animais — gerando ferimentos na vítima e em um dos cães. Ele só interrompe as agressões quando um segurança do prédio se aproxima.
Segundo a denúncia, as agressões praticadas demonstram "de modo cristalino" que causou — e que efetivamente tinha o dolo de causar — sofrimento aos dois animais. Um deles, com o nome de Catarina, foi atingido e teve dor e sangramento.
O MP pediu ainda que, em caso de condenação, o homem seja proibido de possuir ou adquirir qualquer animal durante o prazo da pena imposta.
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