Secretaria de Segurança anuncia operação em pontos de ataques a PMs em SP
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou a deflagração de uma operação nos pontos de ataques a cinco policiais militares no estado nas últimas 48 horas.
O que acontece
Cinco ataques em dois dias. As ocorrências foram registradas em São Bernardo do Campo e em Guarulhos, na região metropolitana do estado; nos bairros de Parelheiros e Eldorado, ambos na zona sul da capital; e durante uma troca de tiros envolvendo um agente em Hortolândia, no interior. Neste último, o agente não ficou ferido.
Operação Escudo ocorrerá em quatro regiões do estado. A ação foi desencadeada pela Polícia Militar para identificar e prender os criminosos envolvidos nos ataques aos agentes. Os locais alvos da ação são: região de Santo André e de Guarulhos, na Grande São Paulo; na zona sul da capital, em razão do assassinato da soldado Sabrina Freire Romão Franklin e de um policial da reserva; e em Piracicaba, no interior de São Paulo.
Dois policiais baleados morreram. O PM da reserva Paulo Marcelo da Silveira foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) na tarde de ontem na zona sul da capital. Já a soldado Sabrina, 30, morreu após ser baleada em uma tentativa de assalto na estrada ecoturística de Parelheiros, na zona sul de SP, ainda na noite de ontem.
Nenhum ataque a policial ficará impune, diz secretário. "Já estamos imediatamente em operação após esses fatos. Nós temos uma Operação Escudo acontecendo nestes pontos de ataques, temos um trabalho de investigação da Polícia Civil acontecendo neste exato momento para identificação dos criminosos que covardemente atacaram os policiais", acrescentou.
As operações Escudo são "deflagradas todas às vezes nas quais criminosos atentam contra o Estado, por meio do ataque a policiais". O objetivo é "reestabelecer a ordem pública e a sensação de segurança na comunidade local, além de identificar e prender os responsáveis pelas ações criminosas contra os agentes de segurança paulistas", divulgou a SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de SP).
Secretário lamenta morte de soldado da PM
"Assassinada por criminosos covardes", diz secretário. Derrite ressaltou que, após Sabrina ser baleada, os criminosos fugiram, mas retornaram para "executar a soldado" no solo enquanto ela ainda estava com vida. Ele desejou os sentimentos aos amigos e familiares de todos os policiais que foram vítimas de ações criminosas.
Secretário critica impunidade e benefício das 'saidinhas' temporárias. "Para aqueles que romantizam e acham que bandido é um coitadinho, vítima da sociedade, não são. São covardes e criminosos", disse ele, lançando um desafio de que os criminosos que mataram a soldado Sabrina teriam antecedentes criminais. O secretário ainda ressaltou a necessidade de acabar com todos os benefícios aos presos no país, citando a "saída temporária, progressão de regime, auxílio-reclusão, visita íntima e audiência de custódia".
Soldado foi morta em tentativa de assalto
Sabrina Freire Romão Franklin, 30, estava de folga andando em sua moto quando foi abordada por dois criminosos. A tentativa de assalto ocorreu na estrada ecoturística de Parelheiros e a agente tentou reagir.
Os dois homens, também em uma moto, derrubaram Sabrina no chão. Após tentar roubar a motocicleta da agente, eles efetuaram disparos contra ela e fugiram em seguida. A arma de Sabrina foi levada pelos suspeitos.
Após ser baleada, ela ficou caída no meio da rua, conforme registro de imagens de câmeras de segurança. No vídeo, compartilhado nas redes sociais, os criminosos ainda voltaram e aparentam praticar alguma ação. Segundos depois, alguns veículos pararam para prestar socorro à Sabrina.
Ela chegou a ser levada ao Hospital Parelheiros e passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. Sabrina pertencia à 3ª Companhia do 22º BPM/M. ''Nossos sinceros sentimentos aos familiares e amigos'', escreveu a Polícia Militar em nota.
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Quero receberO caso foi registrado como latrocínio no 101° DP, segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.
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