SP: Construtora diz que busca acomodação para moradores de prédio evacuado
A construtora responsável pelo edifício interditado em Praia Grande, no litoral de São Paulo, afirma que "não se eximirá" da assistência aos moradores. O prédio foi evacuado às pressas na terça (13).
O que aconteceu
A Construtora JR informou, em nota, que procura "locais para acomodar as famílias dos condôminos, até que possam retornar para seus apartamentos em segurança". Não há detalhes sobre a área e os valores dessas acomodações.
No grupo do Whatsapp dos vizinhos, eles disseram que estão hospedados na casa de parentes e em imóveis de temporada. O prédio residencial continua interditado e não há prazo para que os moradores voltem a seus apartamentos. O condomínio contratou um engenheiro para inspecionar as obras no local.
Pedro Henrique Oliveira, que mora no 18º andar do edifício, recebeu a informação que haveria um reembolso do aluguel do imóvel onde está hospedado. Ele está em um apartamento de temporada e já acionou o seguro residencial — agora, aguarda a liberação do laudo técnico da construtora e instruções da Defesa Civil.
Os representantes da Construtora e Incorporadora de Imóveis JR Ltda.,desde que tomaram conhecimento da ocorrência, deslocaram engenheiros e técnicos para identificar suas causas. A expectativa é que os laudos sejam entregues em breve. A construtora busca na cidade locais para acomodar as famílias dos condôminos, até que possam retornar para seus apartamentos em segurança.
Construtora JR
Saída às pressas
O prédio foi evacuado às pressas depois que os moradores sentiram dois tremores e ouviram um barulho semelhante a uma explosão. O edifício tem 23 pavimentos: 19 andares residenciais, subsolo com garagem e o térreo. Dos 133 apartamentos, 80 são de moradores fixos e cerca de 50 são de veraneio, de acordo com a prefeitura.
A Prefeitura de Praia Grande informou nesta quarta (14) que não há risco de queda. Três colunas do prédio estariam recebendo uma carga maior do que de fato aguentam, afirmou o Corpo de Bombeiros na terça. Houve um "cisalhamento de três pilares", segundo a corporação — ou seja, uma ruptura por esforços
As obras de reparo continuam e o edifício é monitorado pelas autoridades. Após observar os danos nos pilares, a Defesa Civil orientou o esvaziamento da caixa d'água e das garagens. Ainda na terça, teve início o escoramento das pilastras com pedaços de madeira.
Praia Grande fica a cerca de 76 km da capital paulista. O prédio está localizado na orla da praia Aviação, um bairro residencial, que também conta com hotéis e restaurantes. Na alta temporada, as praias e estabelecimentos comerciais ficam cheios de turistas.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.