Delegado preso ganhou medalha do Exército 4 meses após morte de Marielle
O ex-chefe da Polícia Civil suspeito de envolvimento na morte de Marielle Franco foi condecorado pelo Exército Brasileiro meses após a morte da vereadora.
O que aconteceu
Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior ganhou Medalha de Pacificador. A condecoração foi anunciada em portaria da corporação, no dia 18 de julho de 2018, quatro meses depois de Marielle e seu motorista Anderson Gomes serem assassinados.
O reconhecimento é destinado a pessoas que tenham prestado "relevantes serviços ao Exército". O Exército Brasileiro não especificou por quais ações Rivaldo estava sendo condecorado. Militares, cidadãos nacionais, estrangeiros e instituições militares e civis podem receber o prêmio.
Medalha pode ser cassada. A cassação ocorre se o condecorado for condenado pela Justiça por crime contra a integridade e a soberania nacionais, ou atentado contra o erário, as instituições e a sociedade brasileira. Ou então, se cometer atos contrários à dignidade e à honra militar, à moralidade da organização ou da sociedade civil. O UOL procurou o Exército para saber se medalha será retirada.
O ex-chefe da Polícia Civil é investigado por tentar obstruir ou atrapalhar as investigações. Documentos da PF e da PGR (Procuradoria-Geral da República) citam ocultação de provas, cortina de fumaça para atribuir o crime para outras pessoas, falhas de investigação e testemunha falsa.
Chiquinho Brazão, deputado federal; Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ, foram presos ontem. Eles são apontados como mentores da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, em março de 2018.
Deixe seu comentário