Quem é Cebola, chefe do PCC suspeito de elo com empresa de ônibus
A Polícia Militar encontrou na manhã de ontem (9) nove armas na casa de Silvio Luiz Ferreira, o Cebola, apontado como líder do PCC que continua foragido. A Operação Fim da Linha, deflagrada nesta terça, mira empresas de ônibus de São Paulo suspeitas de ligação com a facção criminosa.
Quem é Cebola
Cebola é apontado pela polícia como dono de ao menos 56 ônibus da UPBus Qualidade em Transportes S/A. A empresa fica no bairro do Limoeiro, na zona leste.
No mesmo endereço da empresa, Cebola foi preso por PMs com R$ 150 mil em espécie e quase meia tonelada de maconha em 2012. Segundo os PMs, ele escondia a droga em um veículo estacionado na garagem da cooperativa. Ele usava os nomes falsos de Rodrigo Martins Santana e Márcio Barbosa Santos, de acordo com a polícia.
Ele foi levado para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), um dos mais fortes redutos do PCC. Em março de 2014, saiu em liberdade por meio de alvará de soltura expedido pela Justiça.
Em 2014, Cebola foi condenado a 14 anos e 3 meses em regime fechado. O criminoso, porém, já havia sido solto e até hoje não foi localizado.
Cebola e outros 17 réus são investigados em outro processo por lavagem de dinheiro e associação à organização criminosa. Eles são acusados de movimentar R$ 1 bilhão do PCC no período de janeiro de 2018 a julho de 2019, arrecadados com o tráfico de drogas.
Operação Fim da Linha
A PM apreendeu dois fuzis, uma submetralhadora, cinco pistolas e um revólver no imóvel de Cebola, que fica localizada no Tatuapé, na zona leste. Também foram localizadas na casa mais de 500 munições (280 delas eram só de armas de grosso calibre).
A operação mira empresários da UPBus e da Transwolff. Segundo o MP, as "organizações criminosas" lavam dinheiro do tráfico de drogas, roubos e outros ilícitos.
A Justiça determinou bloqueio de mais de R$ 600 milhões em patrimônio. Em um dos imóveis, os agentes encontraram dinheiro e joias. A Receita Federal identificou esquemas tributários para lavagem de dinheiro do crime organizado. Mesmo em anos em que registravam prejuízos, as empresas alvo da operação distribuíam ganhos milionários a seus sócios, segundo a Receita.
Seis pessoas foram presas até o momento. Três tinham mandado de prisão e as outras três foram detidas em flagrante.
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