Conteúdo publicado há 7 meses

Chuva em Porto Alegre alaga rodoviária; medição do Guaíba está prejudicada

A rodoviária de Porto Alegre foi invadida pela água das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul.

O que aconteceu

Lojas da rodoviária ficaram inundadas. Imagens gravadas por pessoas que estavam no local na manhã desta sexta-feira (3) mostram todos os estabelecimentos fechados.

Água também chegou ao centro histórico de Porto Alegre. Em comunicado nas redes sociais, a EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) orientou que os deslocamentos para a cidade devem ser evitados e a população deve buscar locais seguros.

Centros de Treinamento do Internacional e do Grêmio alagaram. O Parque Gigante, CT do Inter, fica próximo à margem do Guaíba.

Capital tem 26 pontos totalmente bloqueados por enchentes. Outras nove vias estão parcialmente bloqueadas e a Estrada Retiro da Ponta Grossa, na altura do número 6.000, está com fios de um poste caídos.

Estação que mede nível do rio Guaíba apresentou problemas de leitura. Segundo a Defesa Civil do estado, o problema ocorreu no cais Mauá durante a madrugada e, por isso, os técnicos do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento estão fazendo a medição do nível manualmente "in loco".

Pela manhã, Guaíba chegou a 3,7 metros, de acordo com medição do governo estadual. O nível foi registrado pela Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura) às 9h15. O Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) estima que o nível possa chegar a 5 metros.

Rio Grande do Sul tem ao menos 38 mortos

Outras pessoas estão desaparecidas, centenas estão ilhadas e milhares, desabrigadas. As mortes mais recentes foram confirmadas no município de São Vendelino. Os corpos de pai e filho, desaparecidos em um deslizamento de terra na terça-feira (30) foram encontrados, segundo o Corpo de Bombeiros Voluntário do município. Uma dessas mortes e outros 36 óbitos foram divulgados em boletim da Defesa Civil, às 13h30 desta sexta-feira (3).

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Ao todo, 235 dos 497 municípios gaúchos foram afetados pelas fortes chuvas que se estenderam desde o início da semana. Há 23 mil pessoas desalojadas, 7.949 em abrigos e 74 feridos, de acordo com o último balanço da Defesa Civil. No ano passado, mais de 80 pessoas morreram no estado, vítimas de três enchentes e eventos menores.

Estado de calamidade pública. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), decretou estado de calamidade pública na noite de quarta (1º), com prazo de 180 dias. As chuvas e enchentes foram classificadas como desastres de nível 3, "caracterizados por danos e prejuízos elevados". Todo o estado foi colocado sob alerta de inundação ou inundação severa.

Alerta da Defesa Civil do RS mostra risco de inundação ou inundação severa no estado todo
Alerta da Defesa Civil do RS mostra risco de inundação ou inundação severa no estado todo Imagem: Defesa Civil do RS

Com a queda de barreiras e destruição de estradas, há comunidades isoladas e incomunicáveis. Familiares de moradores das cidades de Relvado, Encantado e Caxias do Sul, por exemplo, relatam que estão há dias sem conseguir contato com eles. Há municípios inteiros sem água ou luz.

O governador afirmou que o total de mortes ainda deve subir. "Infelizmente, sabemos que esses números vão aumentar", afirmou.

* Com informações da Agência Estado

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