'Afastar macumbaria': pastor foragido é acusado de passar pênis em fiel

Fábio Henriques de Jesus, conhecido como Pastor Fábio, está na lista dos criminosos mais procurados no Rio de Janeiro. O líder religioso é acusado de crimes sexuais contra fiéis, incluindo passar o pênis em uma delas durante orações para afastar "macumbarias".

O que aconteceu

Líder da Igreja Pentecostal Deus de Justiça, na zona oeste do Rio de Janeiro, está foragido há dois anos. Fábio Henriques de Jesus, de 46 anos, é procurado desde 31 de julho de 2022, data em que foi denunciado por uma fiel de 25 anos. Ela acionou a Polícia Militar, mas conseguiu fugir antes de os agentes chegarem.

Filho de 3 anos da vítima presenciou o crime. Mulher que denunciou o pastor contou que abuso aconteceu em sua casa, na presença da criança. Fábio sugeriu a oração após ver "uma obra de macumbaria" no menino. A mulher notou que ele passava o pênis nela enquanto permanecia de olhos fechados.

Mais duas mulheres afirmaram ser vítimas de crimes sexuais cometidos pelo pastor. Relatos foram divulgados após o caso vir à tona. Elas não registraram boletim de ocorrência antes contra o homem.

Acusações de estupro de vulnerável e assédio em ônibus também foram descobertas na investigação. Fábio é acusado de abusar sexualmente da enteada, então com 9 anos, em 2014, o que configura estupro de vulnerável. Ele ainda é investigado por importunar uma mulher em um ônibus e por abusos contra outras enteadas menores de idade.

Pena ultrapassa cinco anos. Delegado da 36ª DP Santa Cruz diz que crimes terão penas agravadas, pois envolvem crianças.

Denúncias sobre o paradeiro de Fábio Henriques de Jesus podem ser feitas por meio de:

  • WhatsApp: (21) 98849-6099
  • Telefone: (21) 2253 1177 ou 0300-253-1177
  • Aplicativo: Disque Denúncia RJ
  • Mensagem no Facebook: www.facebook.com/procuradosrj/
  • Mensagem no Twitter: www.twitter.com/PProcurados
  • Site: www.procurados.org.br/contato
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Imagem: Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
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Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

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