Apagão já gerou mais de R$ 1,6 bilhão de prejuízos em SP, diz Fecomércio
A falta de eletricidade na cidade de São Paulo, que está em seu quinto dia, já gerou R$ 1,65 bilhão de prejuízos aos setores do varejo e de serviços da capital.
O que aconteceu
Só a parte de serviços teve uma perda de R$ 1,1 bilhão. Já o varejo paulistano, de pelo menos R$ 536 milhões. Os dados são do FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) e foram divulgados nesta segunda-feira (15).
Aos finais de semana, os dois setores tendem a faturar mais de R$ 3 bilhões, segundo a organização. ''Muitas empresas estão contabilizando perdas a cada dia sem luz, como mercados, restaurantes, farmácias e lojas do varejo, além de serviços que ficam impossibilitados de operar, já que, além da energia, estão sem acesso à Internet'', disse a Federação.
A FecomercioSP também enfatiza sobre os custos excedentes que tiveram. De acordo com eles, diante da situação alarmante, estabelecimentos não viram outra opção a não ser alugar geradores, contratar mão de obra extra ou comprar combustível para manter dispositivos operando.
220 mil imóveis sem energia em São Paulo e Grande São Paulo
Enel não detalhou quais cidades são afetadas pelo apagão. Nos boletins de segunda-feira (14), Cotia, Taboão da Serra, São Bernardo do Campo e a zona sul da capital eram as áreas mais atingidas. Até o momento, a luz foi restabelecida para 1,8 milhão de casas, segundo a companhia.
Não há previsão para que a luz volte. Os boletins da empresa não projetam um horário para normalização do serviço. Nessa segunda, o diretor de operações da Enel, Darcio Dias, afirmou que 17 linhas de transmissão foram afetadas e que o trabalho das equipes "não é uma operação simples".
Técnicos de outras companhias ajudam na operação. Em entrevista na tarde de segunda, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que 400 técnicos de outras concessionárias também viriam a São Paulo para auxiliar no restabelecimento da luz.
Em crítica ao prefeito de São Paulo, ministro afirmou que as quedas de árvores contribuíram para o apagão. Silveira cobrou que Ricardo Nunes (MDB) cuidasse do projeto urbano da cidade e disse que 50% das ocorrências foram causadas por árvores que caíram sobre a rede elétrica. O ministro também deu até quinta-feira (17) para que os problemas de maior volume sejam sanados.
Profissionais da Enel no Chile, Argentina, Itália e Espanha também foram convocados. Eles vão somar ao time de técnicos da empresa em outros estados brasileiros que já estão na capital paulista.
Ventos mais fortes desde 1995. A tempestade que atingiu São Paulo na sexta-feira (11) deixou ao menos sete pessoas mortas na Grande São Paulo. Os ventos, que ultrapassaram 107 km/h, foram os mais fortes em três décadas, segundo a Defesa Civil. As regiões oeste e sul da cidade foram as mais atingidas, assim como Carapicuíba, Taboão da Serra, Cotia, Osasco e Barueri.
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