Caso Marielle: familiares e única sobrevivente serão ouvidos em julgamento

O julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz começa nesta quarta-feira (30), no 4º Tribunal do Júri do Rio. Os dois são réus confessos dos homicídios da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. A pena máxima pode chegar a 84 anos de prisão.

Os dois estão presos desde março de 2019. Eles participarão do julgamento por videoconferência. Lessa está na prisão de Tremembé (SP), enquanto Queiroz está no presídio federal de Brasília.

Ao todo, nove testemunhas serão ouvidas: sete pessoas foram indicadas pelo Ministério Público e as outras duas pela defesa de Lessa.

Quem são as testemunhas?

Fernanda Chaves, ex-assessora de Marielle: ela estava no carro ao lado da vereadora no momento do atentado e foi a única sobrevivente do crime;

Marinete da Silva, mãe de Marielle: advogada, ela fundou ao lado da família, no mesmo ano em que aconteceu o crime, o Instituto Marielle Franco;

Monica Benicio, viúva de Marielle: militante de direitos humanos e ativista LGBTI+, estava com Marielle Franco há 14 anos quando ela foi executada;

Ágatha Reis, viúva de Anderson Gomes: casada com o motorista, ela é mãe do único filho dele, Arthur, que tinha um ano na época do crime;

Carolina Rodrigues Linhares: perita criminal;

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Luismar Cortelettili: agente da Polícia Civil do Rio;

Carlos Alberto Paúra Júnior: agente da Polícia Civil do Rio;

Marcelo Pasqualetti: agente federal;

Guilhermo de Paula Machado Catramby: delegado da PF.

A previsão inicial é de que o julgamento dure pelo menos dois dias. Depois de o júri ouvir as testemunhas e os réus, os advogados de Lessa e Queiroz e o promotor designado vão debater o processo para tentar convencer os jurados — membros previamente sorteados para compor o conselho de sentença.

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