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Em queda, Russomanno diz que Boulos e França chegaram ao teto e vê 2º turno

Celso Russomanno (Republicanos) caminha com apoiadoras no centro de São Paulo - SUAMY BEYDOUN/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
Celso Russomanno (Republicanos) caminha com apoiadoras no centro de São Paulo Imagem: SUAMY BEYDOUN/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Felipe Pereira

Do UOL, em São Paulo

10/11/2020 04h00

Resumo da notícia

  • Russomanno voltou a cair nas pesquisa e embolou a disputa pelo segundo turno com Boulos e França
  • Campanha do republicano vê os adversários estacionados e acredita que eles atingiram o teto de intenção de votos
  • Covas lidera com 32%, Boulos tem 13%, Russomanno, 12%, e França, 10%.

Empatado dentro da margem de erro em segundo lugar no Ibope de ontem, a curva de intenção de votos de Celso Russomanno (Republicanos) aponta para baixo e sugere a repetição da derrocada de 2012 e 2016, quando ele largou na liderança e terminou fora do segundo turno.

A equipe do candidato, contudo, não considera a disputa perdida. Argumenta que a tendência de perda de votos não tem mais como continuar e se agarra aos adversários terem estacionado na pesquisa desta segunda-feira. Bruno Covas (PSDB), atual prefeito, aparece na frente com folga e tem 32%.

O marqueteiro da campanha, Elsinho Mouco, avalia que Márcio França (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL) chegaram ao teto, que gira em torno de 13%, e ali ficarão. Russomanno apareceu com 12% no levantamento e a equipe vê potencial de crescimento. A ordem da campanha para a última semana é pedir votos de todas as formas possíveis.

"O teto do Boulos e do França parece claro: 13%. Depende mais da nossa campanha para levarmos o Celso ao segundo turno. E é o que acreditamos. O clima é de todo mundo arregaçar as mangas e pedir voto. Seja na TV, no digital, seja nas ruas", diz Mouco.

Esta força-tarefa mudou o comportamento de Russomanno. Ele sempre se mostrou reticente quanto à presença em debates. Mouco aposta em carreatas nas periferias e na participação nos debates do Estadão e do UOL/Folha. O discurso a ser repetido é mostrar a história do candidato na defesa do consumidor e dizer que esta militância o credencia para ser prefeito de São Paulo.

Mouco também destacou que nos números internos Russomanno aparece três pontos percentuais à frente de Boulos.

Tudo o que tínhamos que crescer na rejeição, já crescemos. Tudo o que tínhamos que perder pontos pelos ataques em bloco, já foi contabilizado. Agora é chegar lá com propostas e campanha de rua.
Elsinho Mouco, marqueteiro de Russomanno

Russo - ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Russomanno vai apostar em carreatas na última semana da eleição
Imagem: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Sobre a rejeição, Russomanno é o nome com maior reprovação: 41% afirmam que não votariam nele. Mouco minimiza este índice. Em outras ocasiões, falou que este fato tem tratamento no segundo turno. Desta vez, disse que o número que importa é outro.

"A conta que importa agora não é a dos que não votam, mas a dos que permanecem com o Celso. E nos nossos números estamos com 3% à frente do Boulos."

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