Topo

França se compara a Biden ao responder se é de direita ou de esquerda

Wanderley Preite Sobrinho

Do UOL, em São Paulo

11/11/2020 10h42

Candidato a prefeito de São Paulo pelo PSB, Márcio França se comparou ao presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, ao responder pergunta do UOL sobre seu posicionamento político. Ao chegar para o debate UOL/Folha, o candidato também criticou a censura à pesquisa Datafolha a pedido do rival Celso Rusomanno (Republicanos) e negou arrependimento em ter apoiado João Doria (PSDB) na eleição para prefeito em 2016.

França, que já apoiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e agora evita críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), disse que é filiado ao PSB há 40 anos e que os questionamentos sobre seu posicionamento político vêm de "pessoas limitadas".

"Biden ganhou sendo moderado, com os votos do outro campo", afirmou França, ao dizer ter o mesmo perfil conciliador.

"Não haverá repulsa da minha parte, é imaturo. Não vou discutir com o presidente Bolsonaro. Se precisar, peço ajuda a ele", disse, antes de lembrar da histórica foto de Lula com Paulo Maluf. "Não dá para apontar o dedo na cara de ninguém."

Datafolha

França lamentou a suspensão da pesquisa Datafolha a pedido de Russomanno porque "fere o direito à informação". "Suspender, nunca. (...) Isso tem a ver com a queda de Russomanno nas pesquisas."

Sobre seu papel crucial na eleição de Doria em 2016 —hoje seu rival político—, França disse que não se arrepende ao dizer que quem mudou de comportamento foi o atual governador de São Paulo.

"Naquele instante, eu era o vice do Alckmin. Prezo pela lealdade, mas Doria não cumpriu o combinado de ficar quatro anos [na prefeitura]", disse. "Ele não deveria ter rompido."