Emanuel Pinheiro (MDB) vence bolsonarista e é reeleito em Cuiabá
Emanuel Pinheiro (MDB) venceu a disputa contra o vereador bolsonarista Abílio Júnior (Podemos) no segundo turno das eleições municipais de Cuiabá e governará a cidade por mais quatro anos. O vice-prefeito da chapa eleita é Stopa (PV).
Pinheiro recebeu 51,1% dos votos, enquanto o rival obteve 48,8%, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O prefeito reeleito aparecia atrás de Abílio nas pesquisas de intenção de votos até a última semana de campanha, mas os dois apareceram empatados no último levantamento.
Pinheiro adotou como tônica de sua campanha a defesa da atual gestão e do funcionalismo público contra o risco de "desmonte do Estado" que buscou associar à figura de Abílio Júnior. Além disso, colou em seu adversário a imagem de inexperiente e "aventureiro".
Com uma ampla coligação, composta por 11 partidos —MDB, PP, PV, PSDB, Republicanos, PL, PTC, PCdoB, PMB, PTB e Solidariedade—, o emedebista conseguiu superar um adversário visto como "antissistema" e que recebeu no segundo turno o apoio do governador Mauro Mendes (DEM) e de três candidatos derrotados no primeiro turno.
Considerando os vereadores eleitos pelos 11 partidos que compõem sua coligação, o governo de Pinheiro contará com base de apoio no legislativo municipal composta por 12 cadeiras das 25 existentes na Câmara de Cuiabá.
A campanha do segundo turno foi marcada por ataques mútuos entre os candidatos. Abílio Júnior acusou a campanha do atual mandatário de coagir servidores públicos a buscarem votos e tentou associá-lo à corrupção. Já Pinheiro explorou declarações de Abílio em que ele afirma que, se eleito, promoveria a demissão de 3.000 servidores do município.
Pinheiro também acusou Abílio de ter contratado funcionária fantasma em seu gabinete de vereador —no caso, a madrasta do parlamentar, Damaris Christiane Rastelli Ribeiro, que estaria lotada em cargo comissionado, mas trabalharia em uma rádio e daria aula de espanhol. Abílio chegou a solicitar direito de resposta à Justiça Eleitoral, o que foi negado.
Emedebista se envolveu em casos de corrupção
Antes de ser prefeito, Pinheiro, 55, foi deputado estadual do Mato Grosso por quatro mandatos, entre 1995 e 2003 e entre 2011 e 2017. Ficou conhecido nacionalmente após a divulgação de vídeo exibido no Jornal Nacional em 2017, em que recebe o dinheiro de suposta propina e guarda no paletó. Ele foi denunciado por participar de esquema conhecido como "mensalinho" na época em que era deputado.
Apesar disso, a "CPI do Paletó" teve relatório final derrubado por vereadores governistas e a comissão acabou paralisada. Por isso, não houve impeditivo para sua candidatura este ano. Pinheiro sempre negou as acusações e disse que vai provar sua inocência.
Promessas do prefeito reeleito
Em seu programa de governo, Pinheiro promete desenvolver projetos de geração de emprego e renda para retomar a economia baqueada pela pandemia. Cuiabá tem cerca de 33 mil casos de covid-19 e por volta de mil mortes.
Segundo pesquisa do Ibope, eleitores da capital do Mato Grosso querem que as prioridades do futuro prefeito sejam a saúde, o combate à corrupção e a educação.
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