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Campanha de Lula impulsiona desmentidos de fakes sobre Pix, igreja e PCC

O ex-presidente Lula (PT) fala em evento de campanha - Ricardo Stuckert
O ex-presidente Lula (PT) fala em evento de campanha Imagem: Ricardo Stuckert

Do UOL, em São Paulo

25/08/2022 19h07Atualizada em 25/08/2022 20h17

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) impulsionou hoje desmentidos sobre fake news que circulam na internet sobre fim do Pix e fechamento de igrejas —em caso de vitória do petista nas eleições—, e sobre ligações do partido com organizações criminosas. Nesta noite, ele participa da sabatina no Jornal Nacional, da Rede Globo.

As mentiras contadas sobre o ex-presidente têm sido um dos principais focos da campanha lulista. O partido lembra com frequência da derrota de Fernando Haddad (PT) em 2018 e avalia que a única coisa que poderia reverter a marca em torno de 40% das intenções de voto seriam as fake news.

Nas redes, na imprensa e na Justiça: A equipe lulista diz acompanhar, de perto e pela imprensa, o aumento das fake news espalhadas contra o partido e contra Lula desde o início da pré-campanha, há três meses. Os principais assuntos tratados são referentes à economia —foco dos discursos e das peças publicitárias do ex-presidente—, e às chamadas "pautas de costume", muito usadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Recentemente, voltou a circular pelas redes sociais uma suposta ligação entre o PT e a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), já desmentida pelo UOL Confere. Também surgiu nas redes bolsonaristas a informação de que banqueiros teriam assinado a Carta em Defesa da Democracia e declarado apoio a Lula porque ele teria prometido acabar com o Pix —informação checada como falsa pelo UOL Confere.

Neste mês, pastores de igrejas evangélicas e que apoiam publicamente Bolsonaro, como o deputado Marco Feliciano (PL-SP), afirmaram que, caso Lula seja eleito, fecharia igrejas. O PT não só negou a informação, como acionou a Justiça contra Feliciano.

Desmentindo: Hoje, o partido fez investimentos na plataforma de busca do Google para combater as fake news e promover a entrevista de Lula no JN. Com gastos entre R$ 500 e R$ 2.500, segundo a empresa, os posts dizem que Lula "não vai acabar com Pix" e "nunca fechou igrejas".

Investimento da campanha de Lula em desmentir fake news - Reprodução/Google Ads - Reprodução/Google Ads
Investimento da campanha de Lula em desmentir fake news
Imagem: Reprodução/Google Ads

Todos os links são direcionados à página oficial do ex-presidente, que tem uma seção exclusivamente direcionada a desmentir as fake news. Procurada, a campanha não divulgou o quanto tem investido no combate às notícias falsas.

Inimigo invisível: Para o PT, as mentiras contadas sobre o ex-presidente podem ser mais danosas eleitoralmente do que a retomada de casos de corrupção que envolveram seu governo, como o Mensalão ou as investigações e condenações da Operação Lava Jato. O partido acusa a campanha de Bolsonaro de investir em mentiras para tentar derrubar o petista.

Este é o principal ponto levantado quando se fala internamente no voto evangélico. Por tratar de outros temas, o PT avalia que não deve entrar nas "pautas de costume" —área que Bolsonaro domina—, e seguir focando na economia.

Na avaliação do partido, é preciso, no entanto, combater as mentiras como o fechamento de igrejas —os petistas acreditam que um fiel contrariado com essa notícia pode deixar de votar em Lula, mesmo estando em uma situação econômica desfavorável.

Fantasma de 2018: Como base, o PT lembra sempre da campanha de 2018, em que Haddad foi derrotado por Bolsonaro.

O partido se apoia no disparo em massa de mensagens no WhatsApp, revelado pela Folha de S. Paulo, como principal causa do resultado do pleito —apesar de este ser apenas um dos contextos da eleição.

Ao responder as ofensivas do presidente contra as urnas eletrônicas, o próprio Lula tem repetido que a "única eleição roubada da história" foi a de quatro anos atrás, "por causa das fake news".

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