Tarcísio diz que vai colar em Bolsonaro, e Rodrigo critica nacionalização

Em entrevista ao chegar ao debate, Tarcísio de Freitas (Republicanos) admitiu que pretende colar sua imagem à do presidente Jair Bolsonaro (PL). Principal adversário de Tarcísio para chegar ao segundo turno com Fernando Haddad (PT), que lidera as pesquisas, Rodrigo Garcia (PSDB) declarou o oposto ao criticar nacionalização da campanha estadual.

Além de Garcia, Haddad e Tarcísio, participam do encontro Haddad, Vinícius Poit (Novo) e Elvis Cezar (PDT).

De acordo com a pesquisa Ipespe divulgada na última sexta-feira (9), Fernando Haddad (PT) lidera a disputa no primeiro turno com 36%. Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparece com 21% e Rodrigo Garcia (PSDB) com 16%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais —o que significa empate técnico entre os dois. Vinicius Poit (Novo) marcou 1% e Elvis Cezar (PDT) não pontuou.

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Primeiro a chegar, Haddad afirmou que pretende formular perguntas "que ajudem o eleitor a notar diferenças programáticas entre os candidatos". Mesmo assim, alfinetou Rodrigo ao lembrar discussão no debate da TV Bandeirantes, no início de agosto, quando afirmou que não gostaria de receber o apoio do tucano.

"Ele rompeu com o Covas e apoiou o [Paulo] Maluf em 1996. Achei que isso não foi coerente", disse. Na ocasião, o tucano provocou Haddad ao lembrar que o petista pediu apoio de Maluf na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Candidato do Novo, Vinícius Poit afirmou que sua estratégia será formular as perguntas que a população gostaria de fazer aos concorrentes.

"A estratégia é apertar", disse. A postura difere dos demais adversários, que, ao chegarem, usaram o discurso de apresentar propostas.

Nome escolhido por Bolsonaro para a disputa em São Paulo, Tarcísio chegou afirmando que vai colar no presidente nos últimos 19 dias de campanha.

"Vamos fazer evento junto sim. Acho que é importante. A massa de eleitores de Bolsonaro aqui em São Paulo precisa perceber quem é o candidato aqui em São Paulo."

Já a estratégia de Rodrigo é oposta. O tucano chegou ao debate criticando a nacionalização da campanha.

"Eleição para governador praticamente começou a vir para a discussão das pessoas de São Paulo agora. Dado ao radicalismo da eleição nacional, é agora nas últimas três semanas que a eleição para governador vai ser decidida", disse.

Regras do debate UOL para governador de São Paulo:

• Primeiro bloco: no primeiro, será feita uma pergunta a todos os candidatos e haverá um confronto direto entre eles.
• Segundo bloco: no segundo bloco, jornalistas das empresas que integram o pool fazem perguntas para os candidatos e mais um confronto direto entre os candidatos acontece.
• Terceiro bloco: no último, mais perguntas são realizadas, mas desta vez um jornalista pergunta a um candidato e escolhe outro candidato para comentar. O último bloco ainda contará com as considerações finais dos candidatos.

Direito de Resposta

O candidato poderá pedir um direito de resposta apenas se for ofendido moral e pessoalmente. Esse pedido precisa ser feito imediatamente ao mediador após o término da fala de quem estiver com a palavra.

O mediador submeterá a avaliação ao comitê formado por quatro jornalistas e um advogado. A resposta será dada ainda no mesmo bloco. Se o pedido de resposta for concedido, o candidato ofendido terá 45 segundos para responder o adversário.

Onde assistir ao debate para governador de SP hoje?

A transmissão do debate será feita pela TV Cultura, pelo UOL e pelas plataformas digitais da Folha de S.Paulo e dos veículos do pool, incluindo seus canais no YouTube, Facebook, Twitter e TikTok. É possível ouvir ainda pelas rádios Cultura FM (103,3) e Cultura Brasil (FM 77,9 e AM 1200).

Participaram desta cobertura: Ana Paula Bimbati, Caê Vasconcelos, Isabela Aleixo, Felipe Pereira, Gabriela Vinhal, Gilvan Marques, Herculano Barreto Filho, Juliana Arreguy, Leonardo Martins, Lucas Borges Teixeira, Mariana Durães, Rafael Neves, Stella Borges, Wanderley Preite Sobrinho