Líder, Haddad prevê embate entre Tarcísio e Rodrigo e prepara contra-ataque
Líder nas pesquisas eleitorais, o candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, se prepara não apenas para o debate desta terça-feira (13), promovido por UOL, Folha e Cultura, mas também para um eventual segundo turno. O petista foi aconselhado a não atacar os adversários, mas sim a aguardar o momento certo para contra-atacar.
Pesquisa Ipec divulgada na última semana mostrou Haddad com 36% das intenções de voto, seguido por Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 21%, e Rodrigo Garcia (PSDB), com 14%. Na avaliação da campanha petista, Tarcísio e Rodrigo disputam o mesmo eleitorado e, para se aproximarem do petista na corrida eleitoral, devem realizar embates diretos no programa desta noite.
O debate será no Memorial da América Latina, na capital paulista, e começa às 22h.
Sem confronto, mas reativo. Interlocutores defendem que o candidato aborde propostas, em especial o Bilhete Único Metropolitano, válido entre cidades da Grande São Paulo, e o aumento do salário mínimo no estado para R$ 1.580 —atualmente o valor é entre R$ 1.284 e R$ 1.306.
Na avaliação da campanha, isso será um contraponto ao fogo cruzado que é esperado entre Tarcísio e Rodrigo —que disputariam a mesma vaga no segundo turno contra o petista. Para a equipe, Haddad não deve tomar a iniciativa de alfinetar os adversários, mas sim de reagir apenas após ter sido provocado.
Pegadinha. O petista pretende mostrar no debate o quanto conhece o estado de São Paulo —o que pode ser visto como uma forma de provocação mais sutil a Tarcísio de Freitas, que mudou o seu domicílio eleitoral para disputar as eleições deste ano.
Prefeitura de São Paulo. Ainda que Tarcísio e Rodrigo estejam em disputa direta, Haddad já espera ser alvo de ataques durante o debate.
Na posição de primeiro colocado, e também pelo fato de ser petista num estado que nunca elegeu o PT para o governo, Haddad prevê ser questionado sobre a alta rejeição registrada quando deixou a Prefeitura, em 2016.
No debate da TV Bandeirantes, em 7 de agosto, Tarcísio fez uma referência a ele ao pedir para a plateia pesquisar no Google quem foi o "pior prefeito de São Paulo".
Segundo turno pode ser contra Tarcísio? De olho nas últimas pesquisas, a campanha avalia que o candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) está mais próximo do segundo turno do que o concorrente tucano.
Por isso, a tendência é que Haddad escolha Tarcísio num provável confronto direto. Para aliados, a disputa em São Paulo segue a tendência de polarização nacional.
Lula lá? Uma ala do PT acredita que Haddad deve reforçar a imagem de parceria com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera em São Paulo de acordo com o último Ipec.
Outro grupo defende que ele dê mais ênfase à aliança com Geraldo Alckmin e Márcio França (ambos no PSB) pela aprovação dos dois, principalmente no interior e litoral. Atualmente, os três têm participado de eventos de campanha juntos em cidades onde Haddad teve baixo desempenho em 2018.
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