Exaltação ao Dops, ataques e transfobia: o histórico de Douglas Garcia
Na noite de terça (13), durante o debate dos candidatos ao governo de São Paulo, Douglas Garcia, deputado estadual (Republicanos), declaradamente bolsonarista, atacou verbalmente a comentarista da TV Cultura, apresentadora do Roda Viva e colunista do Globo, Vera Magalhães.
A jornalista, que estava sentada em uma área reservada, foi abordada pelo candidato que a chamou de "vergonha para o jornalismo brasileiro".
A convite da equipe do candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos), Garcia se dirigiu à jornalista com um celular na mão, filmando as declarações contra a jornalista.
O também jornalista Leão Serva, que estava intermediando o debate, saiu em defesa de Vera, tirando o celular da mão do deputado, arremessando o aparelho longe.
Em seu Twitter, ela afirmou que registrará um boletim de ocorrência contra o deputado.
Tarcísio de Freitas prestou sua solidariedade à jornalista também em seu Twitter.
Outras polêmicas de Douglas Garcia
Esta não é a primeira vez que o candidato aparece envolvido em polêmicas. Contra a jornalista Vera Magalhães, seu embate começou em 2020, quando o deputado disse acreditar que a jornalista recebia para falar mal do governo de Bolsonaro, defendido por ele.
Em 2018, durante o Carnaval, o deputado criou um bloco chamado "Os Porões do Dops", fazendo uma referência ao coronel Ustra, conhecido como um dos atuantes da repreensão política durante a Ditadura Militar e chefe do DOI-Codi, que culminou na morte do também jornalista Vladimir Herzog.
Já no ano de 2019, o candidato declarou que "na direita existem mais gays do que na esquerda". Ele se assumiu gay em abril do mesmo ano, o que não o impediu de dar declarações transfóbicas, como no episódio em que ofendeu indiretamente, durante Assembleia, a deputada trans Erica Malunguinho, do PSOL.
"Se por acaso dentro do banheiro uma mulher, em que a minha irmã ou a minha mãe, estiver utilizando, e entrar um homem que se sente mulher, ou que pode ter alegando o que ele quiser e colocado o que quiser, porém eu não estou nem aí, eu vou tirar primeiro no tapa e depois chamar a polícia para ir levar", disse.
No ano seguinte, Douglas foi condenado a pagar uma indenização de R$ 20 mil a uma mulher, que foi citada em documento produzido por ele, com dados pessoais de opositores do governo federal.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.