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Lula, Ciro e Tebet criticam ataque a Vera: 'Comportamento covarde'

Do UOL, em São Paulo

14/09/2022 11h02Atualizada em 14/09/2022 11h51

Os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Vera Lúcia (PSTU) criticaram, em publicações nas redes sociais, as tentativas de intimidação à jornalista Vera Magalhães após o debate realizado na noite de ontem com os candidatos ao governo de São Paulo.

Os ataques partiram do deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia (Republicanos), que esteve no local como parte da comitiva do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Com celular em punho, o parlamentar foi para cima de Vera Magalhães, afirmou que ela é "uma vergonha para o jornalismo" e questionou o valor do contrato de trabalho da apresentadora com a TV Cultura.

No Twitter, a senadora Simone Tebet disse que o deputado teve um "comportamento covarde", comparando a atitude de Garcia com a do presidente Jair Bolsonaro (PL).

"O comportamento covarde do Presidente é uma licença para esse tipo de absurdo, agora de um parlamentar", escreve Tebet.

O ex-ministro Ciro Gomes, por sua vez, disse que a intimidação de Garcia "tem que ser visto como uma múltipla ação terrorista".

"A escalada de ataques de bolsonaristas à jornalista Vera Magalhães já chegou ao ponto máximo", afirmou.

Já o ex-presidente Lula afirmou que esses atos são "promovidos por quem vive do ódio e não gosta da democracia".

"Debates deveriam ser notícia pelas propostas, não por ataques contra mulheres jornalistas", disse o petista.

A sindicalista Vera Lúcia (PSTU) afirmou que condutas como essa são um "método" da "ultradireita capitalista".

Haddad, Rodrigo e Garcia também comentam

Os candidatos ao Palácio dos Bandeirantes condenaram a agressão. O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) disse que o deputado bolsonarista deveria ser cassado.

O governador Rodrigo Garcia (PSDB) chamou o ataque a Vera Magalhães de "estarrecedor".

O ex-ministro Tarcísio de Freitas também se manifestou. Segundo ele, a conduta de Douglas Garcia foi "incompatível" com a democracia.