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Ação pede que TSE impeça Bolsonaro de fazer lives eleitorais no Planalto

Presidente Jair Bolsonaro, em live semanal no dia 22 de setembro, exibiu "santinhos" eleitorais de aliados políticos e fez campanha para si próprio - Reprodução/Youtube Jair Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro, em live semanal no dia 22 de setembro, exibiu 'santinhos' eleitorais de aliados políticos e fez campanha para si próprio Imagem: Reprodução/Youtube Jair Bolsonaro

Do UOL, em São Paulo

23/09/2022 07h52

O PDT, partido do candidato à presidência Ciro Gomes, apresentou uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para impedir que o presidente Jair Bolsonaro (PL) realize lives semanais dentro do Palácio do Planalto, como é seu costume, para fins político-eleitorais.

A campanha de Ciro argumentou que o uso da estrutura pública para fazer propaganda eleitoral configura abuso de poder político na disputa.

O partido utilizou-se de informações e capturas de tela das duas últimas live de Bolsonaro, de quarta e quinta-feira (21 e 22) desta semana. Na do dia 21, o presidente chega a afirmar que vai usar "pelo menos metade do tempo para as eleições pelo Brasil".

Além de citar atos relacionados a sua campanha — como o 7 de Setembro, cujas imagens já foram proibidas de serem utilizadas pela campanha do presidente —, Bolsonaro também exibe "santinhos" com o número de urna de diversos aliados pelo país.

Na última transmissão, por exemplo, convidou o deputado federal e candidato ao governo de Goiás Major Vitor Hugo (PL-GO) para falar ao vivo na transmissão. O candidato convocou a população para uma carreata.

"Não constitui demasia reafirmar que a finalidade da live - que originariamente ostenta o escopo de publicizar os atos desse governo - foi desvirtuada para veicular pedido de votos para o primeiro Investigado e para os seus aliados políticos, o que denota a utilização da estrutura da Administração Pública para satisfazer finalidades eleitorais", diz a ação.

"[Bolsonaro] utiliza todo o aparato mobiliário do prédio público para a consecução desse fim, bem como dos serviços da intérprete de libras custeada pelo Erário", complementa o partido, citando a profissional que acompanha Bolsonaro em lives desde antes da campanha eleitoral começar.

A campanha pede que o TSE impeça Bolsonaro de realizar lives semanais com caráter político-eleitorais dentro do Palácio do Planalto e com o uso do aparato estatal, incluindo a profissional de libras. Além disso, a ação também solicita que as redes sociais Youtube, Instagram e Facebook removam o conteúdo citado como irregular.