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Líderes nas pesquisas, Leite e Onyx viram alvo em debate da Globo no RS

27.set.2022 - Debate na RBS TV contou com oito candidatos ao governo do Rio Grande do Sul - Reprodução/RBS TV
27.set.2022 - Debate na RBS TV contou com oito candidatos ao governo do Rio Grande do Sul Imagem: Reprodução/RBS TV

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC)

28/09/2022 00h11

Os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL) viraram alvos de ataques de opositores no debate realizado hoje à noite na RBS TV, afiliada da TV Globo no estado. Os dois políticos também chegaram a trocar farpas entre si.

Edegar Pretto (PT) não poupou munição contra Leite e Onyx, que atualmente lideram as pesquisas de intenção de votos. O petista repetiu por diversas vezes que o ex-governador apoiou Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018 e que "não se arrependeu". Já para Onyx disse que ele foi "totalmente ausente" no momento que o Rio Grande do Sul mais precisava, em referência à pandemia da covid-19.

O projeto deles é exatamente o mesmo, da fome, das escolas sucateadas, da desesperança."
Edegar Pretto (PT)

Já Onyx salientou que Leite "pegou carona em Bolsonaro e depois o traiu", em referência ao apoio do tucano no pleito de 2018.

O ex-ministro ainda fez acusações de desvio de recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) em sua gestão. Neste momento, Leite rebateu ao dizer que a denúncia é uma "armação eleitoral".

O senhor tem 30 anos de vida pública e lamento que tenha que vir ao debate e ficar lendo o que sua assessoria preparou."
Eduardo Leite para Onyx Lorenzoni

Na sequência, ao responder uma pergunta de Pretto, Onyx disse que o governo de Leite "vive da mídia, de enganação, vive de histórias de um mundo que não existe." Logo depois, o ex-ministro saiu em defesa ao atual presidente da República. "O governo Bolsonaro fez boas escolhas e mudou o Brasil", disse Onyx.

O ex-ministro reclamou ainda das medidas impostas por Leite para conter a disseminação do coronavírus. "Fechou tudo, fez mapinha, trancou as pessoas em casa. Fez lockdown e os filhos não puderam visitar os pais no Dia dos Pais", completou.

Preto rebateu e disse que Onyx faz parte de um "projeto negacionista e contra a ciência" na pandemia.

Já Vieira da Cunha (PDT) criticou o processo iniciado por Leite de privatização da Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento), já aprovada na AL-RS (Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul).

"A Corsan precisa permanecer como pública, porque trata da água, que é um bem essencial. É lamentável que o atual governo tente vender a Corsan a qualquer custo, numa corrida, atropelando a lei, tanto que o Tribunal de Contas barrou o processo. Se esse processo continuar, vão colocar na banha o Banrisul", disse o político em resposta à redução no número de secretarias no estado.

O debate contou com a presença de oito dos dez candidatos que concorrem ao pleito: Eduardo Leite (PSDB), Onyx Lorenzoni (PL), Edegar Pretto (PT), Luis Carlos Heinze (PP), Vieira da Cunha (PDT), Roberto Argenta (PSC), Ricardo Jobim (Novo) e Vicente Bogo (PSB).

O jornalista Eloi Zorzetto mediou o encontro entre os candidatos.

Leite liderou última pesquisa

Na última pesquisa Ipec e divulgada em 26 de setembro, Eduardo Leite (PSDB) está na liderança na corrida pelo governo do Rio Grande do Sul com 38%. O candidato é seguido de Onyx Lorenzoni (PL), com 25%.

Em terceiro lugar aparece Edegar Pretto (PT), com 15%, seguido de Luis Carlos Heinze (PP), com 4%. Roberto Argenta (PSC), Rejane de Oliveira (PSTU), Ricardo Jobim (Novo), Vicente Bogo (PSB) e Vieira da Cunha (PDT) alcançaram 1% cada um. Já Carlos Messalla (PCB) e Cesar Augusto (PCO) não pontuaram.

Brancos e nulos somam 4% e não sabem ou não responderam são 8%.

A pesquisa foi contratada pela Globo e ouviu 1.808 pessoas entre os dias 23 e 25 de setembro em 85 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, considerando nível de confiança de 95%. A pesquisa foi contratada pela RBS Participações S.A. e registrada no TSE sob o número BR-09277/2022 e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número RS-04810/2022.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado, a frase "A Corsan precisa permanecer como pública, porque trata da água, que é um bem essencial. É lamentável que o atual governo tente vender a Corsan a qualquer custo, numa corrida, atropelando a lei, tanto que o Tribunal de Contas barrou o processo. Se esse processo continuar, vão colocar na banha o Banrisul" foi dita pelo candidato Vieira da Cunha (PDT), e não por Vicente Bogo (PSB). O texto foi corrigido.