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Quatro ex-STF declararam apoio a Lula; um diz que votará em Bolsonaro

Homem passa por trás de toalhas com rostos de Lula e Bolsonaro, que estão a frente das pesquisas  - Ueslei Marcelino/Reuters
Homem passa por trás de toalhas com rostos de Lula e Bolsonaro, que estão a frente das pesquisas Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Do UOL, em São Paulo

28/09/2022 15h18Atualizada em 28/09/2022 15h35

Cinco ministros aposentados do STF (Supremo Tribunal Federal) já declaram em quem pretendem votar para presidente nas eleições deste domingo. Destes, quatro demonstraram apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e um, a Jair Bolsonaro (PL).

O último a se manifestar foi Carlos Velloso, que deixou a Corte em 2006. "Diante das ameaças do candidato Bolsonaro contra o sistema eleitoral brasileiro, especialmente contra as urnas eletrônicas, reconhecidas aqui e no exterior como seguras e confiáveis, o que redunda em ameaça ao Estado Democrático de Direito, meu voto no próximo domingo será para o Lula", disse ele em nota.

Antes dele, Celso de Mello, que se aposentou em 2020, também disse que votará no petista, acrescentando que Bolsonaro é "constrangedora figura" e tem "elevado coeficiente de mediocridade".

Nelson Jobim, que deixou a Corte em 2006 e também foi ministro da Defesa em governos petistas, afirmou que votará no ex-presidente ao blog da jornalista Andreia Sadi, da TV Globo.

A eles, se soma Joaquim Barbosa, aposentado em 2014. Ele gravou um vídeo para a campanha de Lula, em que afirma que Bolsonaro "não é um homem sério" e "não tem dignidade para ocupar um cargo dessa relevância".

Divergência

O ex-ministro Marco Aurélio Mello, último a sair da Corte, declarou ao UOL que, em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, votaria pela reeleição do atual presidente.

"Não poderia votar em um candidato, muito embora tenha o feito no passado, que foi condenado em processos-crime quatro vezes, por crime contra a administração pública. Eu estaria traindo minha trajetória como juiz atuante em colegiado", disse hoje durante o UOL News.

No mês passado, ele já havia dito o mesmo ao UOL Entrevista. "Penso que potencializaria o que se mostrou no governo atual e votaria no presidente Bolsonaro, muito embora não seja bolsonarista", afirmou.