Alckmin evita responder se aceitaria assumir economia, mas apresenta ideias
Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é cotado para comandar a economia em um possível mandato do petista a partir de 2023. Ele participou da Sabatina UOL/Folha nesta quinta-feira (29) e falou sobre essa possibilidade, mas não cravou se aceitaria essa função. "Esse negócio de sentar na cadeira antes dá um azar danado", brincou.
Mas na sequência Alckmin passou a falar sobre propostas para a economia. "O Brasil precisa de uma agenda de competitividade, reforma tributária. Eu visitei três fábricas. Se não simplificar a questão tributária, não tem jeito. O Brasil é o país dos impostos, nós precisamos simplificar. E reforma tributária é necessária. Agenda de competitividade. Desburocratizar. Acordos internacionais: o país está isolado. Quando você não faz um acordo e seu vizinho faz, você está perdendo mercado".
O ex-governador de São Paulo se debruçou mais sobre acordos econômicos internacionais. "A China é um importantíssimo parceiro comercial, mas não pode depender só dela. Nós temos que ter outros mercados para o agro e para a indústria. Presidente Lula tem falado muito em recuperar a indústria, e vai ter uma oportunidade no pós-covid. A globalização continua, é necessária, é importante, mas com princípio novo da precaução".
O candidato a vice ressaltou que essas propostas foram definidas em acordo entre os partidos da coligação de Lula.
"Eu estou incluindo o que o Lula concluiu no programa de governo. É um programa de dez partidos. Eu não me filei ao PT, nós estamos aliados para trabalhar para população. Acho que essa união vai trazer um lado muito positivo, porque não é incompatível a eficiência econômica e o cuidado social. Pelo contrário, eles se somam. Aquela coisa do Estado mínimo, do mercado resolve tudo, não é verdadeira. Se você só cuidar do social e não tiver eficiência econômica, você também não cresce. Você tem que fazer essa boa sinergia que eu acredito muito nisso".
Sobre o futuro, Alckmin também foi perguntado se estava pavimentando um caminho para assumir a presidência em 2026, uma vez que Lula não pretende disputar a próxima eleição presidencial. Mas novamente Alckmin despistou, disse que o "o futuro está nas mãos de Deus" e brincou: "tem dois ansiosos, o jornalista e o político. Nós nem passamos 2022".
A deputada Mara Gabrilli (PSDB), vice de Simone Tebet (MDB), foi entrevistada na segunda-feira (26). Ontem, foi a vez de Ana Paula Matos (PDT), vice-prefeita de Salvador e candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes (PDT).
Candidato a vice do presidente Jair Bolsonaro (PL), o general Braga Netto (PL) não confirmou sua participação. Os encontros ocorrem presencialmente, no estúdio do UOL, localizado na avenida Brigadeiro Faria Lima, zona sul da capital paulista.
Veja a Sabatina UOL/Folha com Geraldo Alckmin na íntegra:
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