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Josias: Com apoios, Bolsonaro tira as melhores fotos na largada do 2º turno

Colaboração para o UOL

05/10/2022 09h38

O colunista do UOL Josias de Souza comentou sobre os apoios declarados por políticos na terça-feira (4). De acordo com ele, Jair Bolsonaro levou a melhor nesse começo de 2º turno da eleição presidencial.

"Sem nenhuma dúvida, na largada do 2º turno, Bolsonaro tirou as melhores fotos. Ele foi fotografado, filmado e deu entrevista ao lado dos governadores dos maiores colégios eleitorais do país. Isso simbolicamente é relevantíssimo", explicou Josias

Josias também analisou os apoios manifestados para Lula (PT), mas explicou que eles só serão relevantes caso o petista vença a disputa.

"Lula não teve nada a exibir. Teve um apoio com adesão envergonhada do Ciro Gomes e só. Quando ele se refere ao PSD, é um esforço para dizer 'estamos colecionando apoios'. O apoio do PSD só tem relevância caso o Lula vença. Ele vai precisar do apoio do PSD para governar. Mas para o período eleitoral, se os governadores não têm tanta influência, imagina o Gilberto Kassab e seu PSD", concluiu o colunista.

Freire: Lula errou ao não dizer o que pensa e deve expor ideias no 2º turno

O partido Cidadania foi outro partido que manifestou apoio a Lula (PT) no segundo turno da eleição presidencial, mas o presidente da sigla, Roberto Freire, cobrou um esclarecimento do petista. Em participação no UOL News desta quarta-feira (5), ele ressaltou que é importante Lula detalhar o próprio plano de governo.

"Lula tem que entender que nosso apoio será mais consistente, com maior eficiência, se ele começar a fazer aquilo que deveria fazer aquilo que já deveria ter feito há algum tempo: Dizer aos país o que está pensando. Acredito que ele terá consciência de fazer essa reflexão e analisar que não pode ganhar uma eleição em 2º turno e fazer tudo que pensava no 1º turno, com visão hegemonista, característica proverbial do PT. Vamos ver se agora, quando precisa de apoio do que chama de centro democrático, vamos ver se ele vai ser capaz disso. Acredito que sim", apostou Freire.

O presidente do Cidadania listou alguns pontos que espera saber de Lula. "Foi um grave erro no 1º turno ele não entregar à sociedade minimamente o que ele pensa da crise econômica, da crise política, o que ele imagina para o Brasil no século 21 e todos problemas que essa nova economia verde traz para um país que se atrasou muito nesse processo".

Freire também contou que a decisão de apoiar Lula foi praticamente consensual dentro do Cidadania.

"Não foi uma decisão pessoal, foi uma decisão partidária. Foi muito consensual. Tivemos alguns que ponderaram que talvez fosse melhor a neutralidade. Disse que isso pode ser importante para o PSDB, nosso parceiro na federação. Mas para nós, Cidadania, era importante definir isso. Até porque, pela notícia que a gente tem, temos uma presidente chamando o adversário político de inimigo da pátria. Nenhum adversário pode ser tratado como inimigo da pátria. É uma forçação de barra e deve ter resposta dos verdadeiros democratas. Não existe inimigo da pátria em uma democracia", opinou Freire.

Freire: Apoio de Garcia a Bolsonaro foi 'despreocupação completa' com o Brasil

Roberto Freire já tinha criticado o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), por ter declarado apoio incondicional a Jair Bolsonaro (PL). Ele reforçou as críticas no UOL News e sugeriu ao PSDB que o convidasse a sair do partido. "Ele não levou em consideração minimamente o partido. Atuou individualmente".

Ao contrário do que disse Rodrigo, Roberto Freire disse que o ato não mostrou preocupação com o país. "Aquilo me tocou de forma absurda porque foi uma despreocupação completa com o Brasil. Ele está dando apoio incondicional a quem ele sofreu. Porque o governador João Doria, de quem ele era vice, foi importantíssimo no país durante a pandemia, na obstinação com vacina. Ai do Brasil se não fosse o Instituto Butatan. E ele não podia esquecer desse momento para dar apoio incondicional ao Bolsonaro, que precisa sair da história democraticamente".

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