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Após morte de marido de Raquel Lyra, coligação quer adiar horário eleitoral

Fernando Lucena, marido de Raquel Lyra (PSDB), morreu no domingo - Fernando Lucena/Instagram/Arquivo
Fernando Lucena, marido de Raquel Lyra (PSDB), morreu no domingo Imagem: Fernando Lucena/Instagram/Arquivo

Do UOL, em São Paulo

05/10/2022 22h23Atualizada em 06/10/2022 01h02

A Coligação Pernambuco Quer Mudar, da federação PSDB-Cidadania e PRTB, que apoia a candidata ao governo do estado Raquel Lyra (PSDB), solicitou o adiamento da veiculação da propaganda eleitoral gratuita na rádio e televisão em razão da morte do marido da candidata, o empresário Fernando Lucena. A coligação argumenta "questões humanitárias" no pedido ao TRE-PE (Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco).

O marido da candidata ao governo de Pernambuco, de 44 anos, morreu em razão de um infarto fulminante na manhã de domingo (2) no apartamento da família, no bairro Maurício de Nassau, em Caruaru. Além de Raquel, Fernando deixa os filhos do casamento com a candidata, João e Fernando. O casal estava junto há 29 anos.

Mesmo notabilizada por sua fortaleza, a candidata não se encontra em condições psicológicas e mentais de retornar ao processo eleitoral. A constatação é compreensível a todos e a sensibilidade humana demanda, na ocasião, respeito a este momento de profundo luto à candidata e aos seus familiares, em especial aos seus filhos, extremamente apegados ao pai, que deles cuidava nos diversos momentos em que a mãe precisava se ausentar para dedicar-se aos compromissos da vida pública. Coligação de apoio a Raquel Lyra no pedido ao TRE-PE

A veiculação da propaganda eleitoral gratuita está marcada para começar na sexta-feira (7), porém a coligação pede que, por "questões humanitárias", ela seja retomada apenas na próxima segunda-feira (10).

"Tal período é o mínimo que se pode conceder à candidata, que poderá participar da missa de sétimo dia em memória de seu falecido esposo, além de reunir as forças necessárias para consolar os seus filhos e para vivenciar o seu próprio luto, sem precisar ser submetida às gravações dos programas para rádio e televisão durante período tão delicado de sua vida.

A coligação alega que o pedido também pode ser atendido por manifestação de "solidariedade e de vontade" das coligações envolvidas no segundo turno disputado entre Raquel e Marília Arraes (Solidariedade) no próximo dia 30 de outubro. No primeiro turno, Marília teve 23,97% enquanto Raquel ficou em segundo lugar, com 20,58% dos votos.

No texto, a coligação explica que essa solicitação foi cogitada quando o então candidato à presidência Eduardo Campos, em 2014, morreu. À época, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) disse publicamente que essa seria uma possibilidade se houvesse consenso entre as coligações envolvidas no pleito.