Michelle sobre ajudar Bolsonaro na campanha: 'Prefiro ser esposa e mãe'
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, afirmou, em evento com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Palácio da Alvorada hoje, que prefere estar nas funções de "mãe, esposa e ajudadora" — segundo ela, o "papel da mulher" — a fazer discursos em apoio ao marido.
"Não sou essa oradora que ele fala. Realmente estou saindo da minha zona de conforto — prefiro ser mãe, esposa e ajudadora, porque esse é o papel da mulher, mas, se Deus quer assim, vou pedir para ele me dar sabedoria."
Michelle também citou a postura de seu marido: "Perdão a todos pelos palavrões do meu marido, também não concordo. Mas ele é assim, tem gente que gosta."
A figura da primeira-dama foi vista como estratégica pela campanha de Bolsonaro, que visa reduzir a rejeição do presidente entre as mulheres e fidelizar o público evangélico.
Ela já havia utilizado a imagem da "ajudadora" anteriormente — o que, segundo a colunista do UOL Madeleine Lackso, evoca uma passagem da Bíblia que não defende a "submissão" ao marido, como pode aparentar.
Michelle também chamou um pastor para uma oração e voltou a comparar as eleições a uma batalha do "bem contra o mal": "Não estamos aqui por um político, por um partido, mas pela ideologia do bem, da luz. Precisamos ter união neste momento para vencer essa guerra que, todo mundo sabe, é espiritual."
Estiveram presentes no evento figuras do meio político que apoiam a corrida de Bolsonaro ao Planalto no segundo turno contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre eles o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e os governadores Ronaldo Caiado (GO) e Mauro Mendes (MT).
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