Tabata cogita novo nome tucano para vice caso Datena desista da disputa

Mesmo após desavenças com Datena, a pré-candidata Tabata Amaral (PSB-SP) ainda acredita na negociação de uma possível chapa com o PSDB enquanto também avalia nomes do próprio partido para compor uma chapa "puro-sangue".

O que aconteceu

Faltando dois dias para as convenções dos dois partidos, Tabata Amaral ainda não descarta o PSDB em sua chapa. A pré-candidata tem citado nomes como o da professora Lúcia França (PSB-SP) e da esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin, Lu Alckmin (PSB-SP) como possíveis vices. Floriano Pesaro (PSB-SP) também seria um dos nomes cogitados para compor a chapa. Tanto PSDB e PSB marcaram as convenções partidárias para o mesmo dia, no próximo sábado (27).

A chapa com o PSDB depende da desistência de Datena e decisões internas do partido. Tabata tem defendido que consegue dialogar com todos os partidos, mas até o momento não tem adesão em sua pré-campanha. Já o apoio tucano, firmado em abril, depende de negociação: primeiro, Tabata precisa da desistência de José Luiz Datena. Depois, os tucanos vão deliberar qual nome deve ser indicado para vice na chapa com o PSB ou se apoiam o atual prefeito, Ricardo Nunes.

Tabata segue esperando o PSDB. As negociações com o partido continuam, segundo ela. O interesse em fechar um acordo com a legenda fez com que ela e José Datena acordassem que o apresentador se filiasse ao PSDB para ser o vice representando os tucanos. Mas Datena acabou sendo convidado a encabeçar a chapa do PSDB, e abandonar o projeto de vice.

Internamente, PSDB segue rachado por indicação. Datena segue sendo o principal nome do partido, o que gera insegurança em uma ala do PSDB, que não acredita que ele vá manter a candidatura. Os opositores do apresentador têm opiniões diferentes sobre o apoio da sigla à Tabata ou ao atual prefeito, Ricardo Nunes (PSDB).

"No colo" do PSDB

Durante a sabatina UOL e Folha, Datena disse que Tabata o "jogou no colo do PSDB". Ele disse que não tinha interesse em sair do PSB, mas a pré-candidata teria insistido na mudança da sigla do vice para ganhar mais tempo de TV na campanha eleitoral.

Em resposta, Tabata disse que "ele pode responder pelas próprias escolhas". Ela contou que continuava aguardando uma indicação do PSDB para o seu vice, como os dois partidos tinham acordado. "Sigo conversando com o Datena e com o PSDB, não volto atrás com a minha palavra", disse durante a sabatina do UOL.

Dias depois, Tabata disse que chapa com Datena não faria mais sentido. A fala foi durante o lançamento da série sobre a vida da deputada. "No PSB mantivemos a nossa palavra de conversar com o PSDB sobre um possível vice, mas não faria mais sentido ter o Datena. Estamos abertos às possibilidades", disse ela ao UOL.

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O PSB firmou um acordo com o PSDB em que o partido indicaria o vice na nossa chapa. Houve uma mudança de entendimento do lado deles. A gente se acostuma na política, infelizmente, com descumprimento de acordos, mas não deveria ser normal. O que eu venho colocando é que a gente segue com a nossa palavra, não é o PSB que vai voltar atrás. Se o Datena desistir da candidatura e o PSDB entender que ainda faz sentido estar nesse projeto -- a gente volta a sentar, a gente volta a conversar.
Tabata Amaral, pré-candidata à prefeitura de São Paulo

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