Conteúdo publicado há 3 meses

Sakamoto: Marçal discute com repórter do UOL, quer causar e gerar recorte

Pablo Marçal (PRTB) mostra que está interessado em criar confusão e gerar recortes para usar em suas redes sociais ao discutir com o apresentador do UOL Diego Sarza pouco antes do debate da RedeTV!/UOL com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, afirmou o colunista Leonardo Sakamoto no UOL News desta terça (17).

Marçal chegou em cima da hora e não falou com Sarza, que estava ao vivo no UOL News. O jornalista perguntou se o candidato poderia falar, e Marçal respondeu: "Está em cima do horário. No final [do debate] a gente fala". Sarza continuou a transmissão e disse que o empresário "não quis falar" porque "chegou muito em cima do horário". Marçal voltou, apontou o dedo para o jornalista e o acusou de mentir: "Fala a verdade, rapaz" (assista abaixo).

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O comportamento de certos candidatos com a imprensa me indigna. É um absurdo completo. É o mínimo de civilidade. Todos os candidatos e candidatas trataram com civilidade o Sarza, que simplesmente repetiu o que o candidato falou.

De duas, uma: ou Marçal queria que o Sarza tivesse repetido as palavras que ele pensou, e não as que falou, ou está simplesmente querendo causar para gerar recorte para as redes sociais dele. Esse é um exemplo clássico. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Para Sakamoto, Marçal compromete o nível da discussão política ao atacar seus adversários e revela estar aquém do que se espera do governante da cidade de São Paulo.

Não digo que os debates seriam uma maravilha sem Marçal. Estamos muito acostumados a debates esquisitos na televisão brasileira por conta do comportamento dos candidatos. Mas quem é o fator que joga o processo no chorume? É complicado. Ele não pode falar isso.

Marçal é uma pessoa muito inteligente e é capaz de pegar gatilhos de acordo com cada situação: o da Tabata com o suicídio [do pai], do Boulos com as filhas, do Datena com relação à questão de chamá-lo de estuprador, de jornalistas ao dizer que 'não sabem fazer jornalismo'...

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Na prática, ele fala a mesma coisa para o Sarza. Falar para o jornalista que ele 'não sabe fazer jornalismo' é uma ofensa. Ele pega gatilhos para gerar tumulto. Não se deveria esperar isso de uma pessoa que pretende governar a maior cidade da América Latina. Deveria ser o contrário: alguém que tenha paciência, calma, diálogo. O Brasil precisa de diálogo, e não de valentões. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Sakamoto: Parafusar cadeiras em debate é recado e cria fato político

A decisão de fixar as cadeiras no chão para o debate RedeTV!/UOL passa um recado simbólico para que os ânimos se acalmem e a discussão esteja centrada nas propostas de cada concorrente para a cidade, afirmou o colunista Leonardo Sakamoto. A medida foi tomada após José Luiz Datena (PSDB) agredir Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada durante o debate de domingo (15) realizado pela TV Cultura.

Vejo isso mais como um recado e uma demonstração simbólica da necessidade de os candidatos se acalmarem e agirem dentro do trilho democrático. Do ponto de vista prático, isso faz pouco sentido. Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Não é por ter havido uma cadeirada lá que haverá outra agora. Em última instância, há uma coisa que está solta no palco: os punhos.

No limite, cada um tem os punhos, os cotovelos e as pernas. Ou seja: vai para a porrada, como acontece em outros lugares do mundo nos quais o trilho democrático não cai muito bem e não funciona muito bem.

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Parafusar a cadeira no chão funciona mais como um recado. Cria um fato político no debate RedeTV!/UOL para mostrar que o debate, os organizadores e a sociedade não aceitarão certas coisas. Na prática, seria muito difícil que a mesma cena se repetisse, até porque está todo mundo de olho. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.

Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Opinião

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