Coreia do Sul e EUA dizem duvidar que Norte seja capaz de ter míssil nuclear
O ministério sul-coreano da Defesa manifestou nesta sexta-feira (12) suas "dúvidas" sobre a capacidade da Coreia do Norte de lançar um míssil balístico nuclear, como ameaça Pyongyang. "A Coreia do Norte realizou três testes nucleares, mas duvidamos que os norte-coreanos tenham fabricado uma ogiva nuclear suficientemente pequena e leve para ser montada em um míssil", declarou o porta-voz do ministério, Kim Min-Seok.
O Pentágono também diz não acreditar que Pyongyang tenha desenvolvido capacidade para montar e lançar um míssil nuclear.
A avaliação feita por norte-americanos e sul-coreanos contrasta com a última conclusão da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (DIA, na sigla em inglês), divulgada na quinta-feira (11) pelo congressista republicano Doug Lamborn na Câmara dos Representantes.
A DIA "acredita com confiança moderada que a Coreia do Norte pode transferir armas nucleares a mísseis balísticos, mas sua confiabilidade seria baixa", assegurou Lamborn, em referência a um relatório confidencial sobre o potencial risco nuclear da Coreia do Norte distribuído a membros do Governo e congressistas.
No entanto, o Pentágono rebate o relatório. "Seria impreciso sugerir que o regime norte-coreano provou completamente, desenvolvido ou demonstrado o tipo de capacidades nucleares mencionadas no extrato (do relatório)", disse o porta-voz do Pentágono, George Little, em comunicado.
O diretor de inteligência nacional dos EUA, James Clapper, emitiu mais tarde outro comunicado no qual lembrava que a observação contida no relatório corresponde apenas à DIA, e não às 16 agências de inteligência do país.
Segundo indicaram à emissora "CNN" vários funcionários americanos, o extrato lido por Lamborn foi desclassificado "por erro". "Muitos no Pentágono ficaram perplexos ao escutar essa análise lida em voz alta em uma audiência aberta ao público", disse um funcionário da defesa.
Enquanto o regime de Kim Jong-un afirmou que possui mísseis com capacidade nuclear, até hoje a maioria dos analistas e dos serviços de inteligência acredita que o regime carece dos avanços técnicos suficientes para reduzir o tamanho das ogivas até o ponto de poder instalá-las em projéteis.
Pyongyang fez até agora três testes nucleares subterrâneos, em 2006, 2009 e fevereiro deste ano, todos eles condenados pela comunidade internacional e objeto de sanções por parte do Conselho de Segurança da ONU. (Com AFP e Efe)
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