Polícia de Boston prende três estudantes suspeitos de ligação com atentado à maratona, diz jornal

Três estudantes universitários teriam sido presos por policiais federais nesta quarta-feira (1º) por suspeita de ligação com o atentado à Maratona de Boston, nos Estados Unidos, no dia 15 de abril, de acordo com o jornal The Boston Globe.

A conta do Departamento de Polícia de Boston no Twitter divulgou que três suspeitos foram presos e que mais detalhes seriam divulgados. Uma postagem feita cerca de meia hora depois informa que “não há ameaça ao público”.

Segundo o The Boston Globe, os três suspeitos tinham conexões com Dzhokhar Tsarnaev, 19, na Universidade de Massachusetts Dartmouth, onde Tsarnaev estudava, e teriam ajudado o rapaz após as explosões.

Entre os três presos, dois são cidadãos do Cazaquistão e seriam colegas de classe de Dzhokhar. Ambos já tinham sido detidos anteriormente por autoridades da imigração norte-americana por suposta violação dos termos de seus vistos. No caso da Maratona de Boston, os dois, a pedido de Dzhokhar, podem ter jogado fora uma mochila.

A rede CBS divulgou que um dos suspeitos detidos é Dias Kadyrbayev, que poderá ser acusado de ter concedido declarações falsas, segundo informações de seu advogado, Robert Stahl. Os outros dois suspeitos, de acordo com a CBS, poderão ser acusados de conspiração para obstruir a Justiça e de ter dado declarações falsas. 

Kadyrbayev aparece ao lado de Dzhokhar Tsarnaev em uma foto publicada em uma rede social russa no dia 18 de abril de 2013.

O rapaz no canto esquerdo da foto, Azamat Tazhayakov, seria um dos outros suspeitos detido hoje, de acordo com o The Boston Globe. Os dois teriam sido presos após participarem de uma audiência sobre problemas com seus vistos de estudante.  

Atentados

No dia 15 de abril, duas bombas foram detonadas perto da linha de chegada da Maratona de Boston, provocando três mortes e deixando mais de 260 feridos.

Três dias depois, os irmãos Tamerlan Tsarnaev, 26, e Dzhokhar Tsarnaev, 19, de origem tchetchena, foram identificados como suspeitos do atentado a partir de imagens gravadas por câmeras de segurança. No dia 18, o mais velho foi morto pela polícia e, no dia seguinte, o mais novo foi preso. 

Dzhokhar está detido em um centro de prisão médico e foi acusado formalmente de crimes que poderão ser punidos com pena de morte. O corpo de Tamerlan ainda não foi reivindicado. “Ainda não fomos procurados pela família”, disse Terrel Harris, porta-voz do examinador médico chefe do Estado. 

(com agências internacionais)