TV mostra imagens de suposta bomba antes de explosão em Boston
O programa "7News", da emissora de TV norte-americana WHDH-TV, divulgou imagens nesta terça-feira (16) que supostamente mostram a segunda bomba antes e depois de ser detonada na reta final da Maratona de Boston nesta segunda-feira (15).
As imagens disponibilizadas por uma telespectadora mostram um artefato localizado no chão da rua Boylston, no ponto de onde ocorreu a segunda explosão. A emissora disse que encaminhou as imagens para o FBI, a polícia federal norte-americana. As duas explosões na linha de chegada da Maratona deixaram três mortos e mais de 170 feridos.
Imagem mostra suposta bomba que causou 2ª explosão em Boston
Na primeira imagem é possível ver uma espécie de sacola no chão. Na segunda foto, que teria sido tirada momentos após a explosão, surge uma fumaça aparentemente no mesmo ponto da rua.
Bombas caseiras
Nesta terça-feira (16), autoridades informaram que os explosivos usados nos ataques na Maratona de Boston --que deixaram três mortos e mais de 170 feridos-- foram, provavelmente, feitos com panelas de pressão recheadas de explosivos e fragmentos de metal.
Em uma coletiva de imprensa, autoridades norte-americanas informaram no mesmo dia que as duas bombas foram colocadas dentro de sacos deixados em local próximo ao público que estava na linha de chegada da maratona.
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Em 2004, preocupado com o uso de panelas de pressão por células terroristas, o Departamento de Segurança Interna dos EUA emitiu um boletim no qual afirmava que essa era uma técnica muito usada em campos de treinamento de terroristas no Afeganistão.
Segundo informações divulgadas pelo jornal norte-americano "USA Today", ha três anos a revista on-line Inspire, ligada à Al Qaeda, divulgou instruções sobre como fazer bombas usando panelas de pressão.
Intitulado "Como fazer uma bomba na cozinha da sua mãe", o artigo orienta a colocar estilhaços dentro da panela de pressão e, na sequência, preencher o recipiente com material inflamável.
Vítimas fatais
De acordo com os médicos que atenderam as vítimas da Maratona de Boston, os feridos foram atingidos por pregos e pedaços de metais e alguns necessitaram amputar seus membros inferiores.
Entre os três mortos, a primeira vítima a ser identificada pelas autoridades foi o garoto Martin Richard, de oito anos. Segundo relatos de amigos da família ao jornal "Boston Globe", ele estava na linha de chegada da prova e aguardava o pai, Bill Richard, concluir a corrida.
A mãe e a irmã de Martin, de apenas seis anos, estão hospitalizadas. Elas estão entre as 17 vítimas gravemente feridas --no total, foram mais de 170 atingidos.
Krystle Campbell, 29, natural de Medford, também no Estado de Massachusetts, foi a segunda vítima da explosão. A morte foi confirmada à "NBC" pelo pai de Krystle, William Campbell.
Lu Lingzi, que era estudante de pós-graduação da Boston University, é natural da cidade de Shenyang, no nordeste da China, foi a terceira vítima identificada. Um comunicado da embaixada dos Estados Unidos confirmou a informação, segundo a agência de notícias Reuters nesta quarta-feira.
Investigação
A investigação sobre o atentado na Maratona de Boston entrou nesta quarta-feira em seu terceiro dia, e as autoridades formaram um quadro sobre quem estão procurando: um ou mais suspeitos que carregavam malas pesadas ou mochilas feitas de nylon preto.
Os investigadores ainda não sabem se um grupo organizado ou um indivíduo solitário realizou as explosões, tampouco sabem se os autores são estrangeiros ou norte-americanos.
As duas explosões ocorreram com poucos segundos de intervalo, na segunda-feira, junto à linha de chegada da maratona. Muitas vítimas sofreram amputações, e 17 continuam internadas em estado grave.
O presidente dos EUA, Barack Obama, que viaja na quinta-feira (18) a Boston para uma cerimônia em homenagem às vítimas, chamou o episódio de "ato de terror". (Com agências internacionais)
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