Papa defende profunda reforma na Igreja Católica, mas rejeita aceitar aborto
O papa Francisco defendeu uma profunda reforma na Igreja Católica no primeiro documento escrito unicamente pelo pontífice, a Exortação Apostólica "Evangelii Gaudium" (A Alegria do Evangelho), publicado nesta terça-feira (26). No entanto, o pontífice afirmou que "não deve se esperar que a Igreja mude sua postura" sobre a questão do aborto.
Para o papa, o tema do aborto não está sujeito a "supostas reformas ou modernizações" e opinou que "não é progressista pretender resolver os problemas eliminando uma vida humana".
Sobre as mudanças na igreja, o Francisco afirmou estar “aberto às sugestões”.
"Me corresponde, como bispo de Roma, estar aberto às sugestões que se orientem a um exercício de meu ministério que o torne mais fiel ao sentido que Jesus Cristo quis dar-lhe e às necessidades atuais da evangelização", escreveu o papa.
No documento, o papa advertiu que a desigualdade e a exclusão social "geram violência" no mundo e podem provocar "uma explosão".
"Até que não se revertam a exclusão e a iniquidade dentro de uma sociedade e entre os distintos povos será impossível erradicar a violência", escreveu o papa
O para também "implorou humildemente" aos países muçulmanos para que assegurem a liberdade religiosa aos cristãos, "levando em conta a liberdade gozada pelos islâmicos nos países ocidentais".
No documento, publicado sete anos após a tensão no mundo muçulmano causada pelas declarações do Bento 16 em Regensburg (Alemanha) relacionando o islã à violência, Francisco se mostrou preocupado com os "episódios de fundamentalismo violento", mas também clamou pelo fim das "odiosas generalizações", "porque o verdadeiro Islã (...) se opõe à toda violência". (Com agências internacionais)
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