Enviado da ONU é retido por homens armados e aborta missão na Ucrânia
O enviado especial da ONU Robert Serry foi detido por homens armados pró-Rússia durante sua visita nesta quarta-feira (5) à região autônoma da Crimeia, na Ucrânia, e teve de abortar a missão.
O governo interino Ucrânia chegou a afirmar que ele havia sido sequestrado, mas a ONU negou a informação, dizendo apenas que foi "ameaçado" por entre 10 e 15 homens armados.
Segundo relatos de repórteres que acompanhavam Serry no momento, ele havia acabado de ter um encontro com o comandante da Marinha na cidade de Simferopol quando seu carro foi bloqueado pelos homens, vestidos com trajes de combate. Serry conseguiu se refugiar em um café, que foi em seguida cercado, impedindo sua saída.
Os homens, que seriam parte de uma milícia, cantavam "Putin, Putin" e exigiam a saída de Serry.
O impasse durou alguns minutos, depois dos quais o enviado foi levado para o aeroporto graças a um corredor aberto pela polícia.
Segundo repórteres, ele disse estar "feliz de ir embora se isso aliviar a tensão". "Estou seguro", afirmou.
Conversas
O incidente ocorreu enquanto o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o chanceler russo, Serguei Lavrov, se reuniam em Paris, em busca de uma solução diplomática para a crise ucraniana. A Rússia se negou a manter encontro com o representante da Ucrânia.
A crise entre Rússia e Ucrânia começou em fevereiro deste ano, quando, após a deposição do presidente ucraniano Viktor Yanukovich, militares pró-Rússia invadiram bases militares e tomaram aeroportos na região da Crimeia. A Crimeia é uma república autônoma da Ucrânia onde a maioria da população é de origem russa.
O governo russo se recusou a reconhecer a legitimidade do governo que sucedeu Yanukovich e alega que o presidente foi deposto por um golpe de Estado.
(Com agências internacionais)
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